Zerozero
·06 de abril de 2025
Génio de Jovane acende farol da permanência

Zerozero
·06 de abril de 2025
Jogou-se mais tarde do que era suposto, por culpa do mau tempo que dificultou a viagem dos visitantes para a ilha da Madeira, mas os golos também demoraram em cumprir com o novo horário. Nacional e Est. Amadora mediram forças, na jornada 28 da Liga Portugal Betclic, e pareciam encaminhados para terminar da mesma forma que começaram, mas um golo tardio deu uma muito necessária vitória aos homens da Amadora (0-1).
Um desfecho sem a festa do golo, essa algazarra que dá cor à modalidade, não estava nos planos de quem viu um arranque muito animado, mas esteve muito perto de acontecer. Os insulares tomaram conta da bola e jogaram a uma velocidade acima do adversário nos primeiros minutos, mas o Estrela rapidamente entrou no ritmo.
O jogo partido, com muito espaço na zona central e propício a ataques e contra-ataques, levava a crer que o golo seria uma mera questão de tempo. Mas o tempo correu, não andou e tudo o que o jogo prometeu nunca entregou. Até que um erro individual, seguido de um momento de génio de Jovane Cabral, tudo mudou numa altura em que já pouco se acreditava.
Embora animado, o desafio não teve o que mais se precisava, clarividência e assertividade dos dois conjuntos no último terço. O tricolor da Amadora até fez balançar a rede, aos 13 minutos, mas Chico Banza, que emendou o remate de Kikas que a trave devolveu, estava em posição irregular. Ficou para registo o grande trabalho de Rodrigo Pinho na jogada.
Mais controlador com a bola e com ataques mais pausados, o Nacional acabou sempre por tentar a finalização com remates de meia distância. Daniel Penha testou a atenção de João Costa por vezes e Luís Esteves também não pediu licença para tentar a sorte, mas não viveu um dia feliz nesse aspeto.
A segunda metade teve mais Nacional, com as mexidas operadas por Tiago Margarido a surtirem efeito na medida em que acrescentaram outra energia à equipa. As ocasiões continuaram escassas, mas a boa parte de lances de algum frisson teve assinatura madeirense.
Rúben Macedo conseguiu, em parte, ser o agitador pela direita que Dudu, profundamente desinspirado, nunca foi. O extremo esteve até perto de abrir o marcador num remate cruzado, aos 67 minutos. Respondeu de imediato o Estrela, com uma grande perdida de Chico Banza, e voltou o Nacional a dar sinais, com Paulinho Bóia a testar João Costa.
Poucos, mas bem-vindos momentos de emoção na partida. À entrada para os últimos dez minutos, quando pouco ou nada o fazia prever, o marcador lá mexeu. José Gomes cometeu um erro crasso na construção e a bola ficou nos pés de Kikas, o melhor em campo para o zerozero, que serviu com mestria para Jovane Cabral finalizar com tremenda qualidade.
Num jogo de extrema importância nas contas da manutenção, os homens da Reboleira ganharam um belo balão de oxigénio. O Estrela soma agora 26 pontos e está em pé de igualdade com o Gil Vicente no 14.º lugar, mas mais importante ainda, está mais longe da zona de despromoção. O Nacional, que podia praticamente ter resolvido a sua vida, continua tranquilo com 29 pontos e no 13.º lugar.
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