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·02 de agosto de 2022

Guardiãs do gol! A evolução das goleiras da seleção brasileira feminina

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Vida de goleiro no futebol não é fácil. Se por um momento, você é herói e ídolo da torcida, após apenas uma ou duas falhas, você já é tachado de vilão e de “frangueiro”. Os donos da camisa 1 não podem errar nunca, que já têm a sua qualidade colocada em cheque.

E isso não acontece só no futebol masculino. No feminino, era normal vermos goleiras, de estatura média muito menor do que os homens, sofrerem com chutes altos ou de longa distância. Mas, será que essa história está mudando alinhada à evolução técnica das atletas?


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A evolução das goleiras no futebol

De acordo com uma matéria recente do portal norte-americano “The Athletic”, que também cobre o Reino Unido, nunca foi visto uma performance tão boa de goleiras em torneios de futebol feminino antes da Eurocopa 2022.

O torneio, que está em disputa na Inglaterra desde 6 de julho, está marcado para terminar no dia 31. Mesmo sem ainda ter chegado ao fim, as ex-jogadoras que já atuaram na competição no passado estão impressionadas com a performance atual das goleiras.

Ex-goleira da seleção inglesa se impressiona

“Estamos no melhor nível de goleiras desde sempre. Olhe a goleira da Alemanha, Merle Frohms… algumas das defesas que ela fez contra a Espanha foram excelentes, estamos no auge de qualidade na posição”, disse Rachel Brown-Finnis, ex-goleira da seleção inglesa, em entrevista recente para o The Athletic.

E na seleção brasileira?

A atual dona da posição de goleira da seleção brasileira feminina é Lorena, do Grêmio. Ela teve a oportunidade de jogar a Copa América 2022 – que ainda está em disputa – e mostrar o seu potencial após anos de titularidade de Bárbara.

Antes de Bárbara, porém, tivemos outras grandes jogadoras que foram importantes arqueiras da seleção brasileira. Confira quais são elas e alguns de seus números para repararmos se estamos ou não em ascensão na posição entre as brasileiras.

Maravilha

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A goleira de 1,72 metros de altura foi titular da seleção em competições na década de 90. O último torneio disputado por ela, como dona da posição, foi a Copa do Mundo de 1999.

No torneio, o Brasil terminou em terceiro lugar após ter sido eliminado pelos Estados Unidos nas semifinais e vencer a Noruega na disputa para ficar no pódio. Ela disputou seis jogos e sofreu sete gols (média de 1,16 sofridos por partida).

Andreia

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Andreia foi titular em pelo menos três Copas e três Olimpíadas com a seleção brasileira. Considerada uma lenda do nosso futebol feminino, ela jogou até os Jogos Olímpicos de 2012.

O Brasil foi eliminado nas quartas de final da competição para o Japão. Foram quatro jogos disputados por Andrea e apenas três gols sofridos (0,75 por jogo). Ela tem 1,76 metros de altura.

Barbara

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(Photo by Michael Regan/Getty Images)

Depois de vários anos, Andreia cedeu a sua posição de titular para Barbara. A então nova goleira da amarelinha disputou a sua última grande competição nos Jogos Olímpicos de 2020.

No torneio, o Brasil caiu nas quartas de final para o Canadá. Barbara jogou quatro jogos no torneio e sofreu três gols (média de 0,75 gols sofridos por partida). Ela tem 1,71 metros de altura.

Lorena

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(Photo by David Lidstrom/Getty Images)

Lorena, a nova goleira titular da seleção, pelo menos na Copa América 2022, que está em disputa, tem 1,83 metro de altura – maior que todas as outras donas da posição citadas.

Ela tem apenas 25 anos e tem tudo para tomar conta da posição, já que Barbara, que não foi convocada para o torneio sul-americano, tem 34.

Quando essa reportagem foi escrita (27/7), a Copa América estava em disputa e a final, entre Brasil e Colômbia, já estava marcada (30/7). Lorena não havia tomado gols no torneio até então, mas é importante citar que o nível da competição é muito inferior em comparação com as Olimpíadas e a Copa.

Sobre os dados

Podemos ver que, guardada as devidas proporções, estamos sim vivenciando uma evolução quando o assunto é número de gols sofridos em importantes competições desde que a goleira Maravilha cedeu o seu lugar para Andreia, Barbara e, hoje, Lorena.

Deixando Lorena de lado, a altura das outras era bem próxima e, mesmo assim, a média de gols sofridos foi de 1,16 à 0,75 e, hoje, é de 0.

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