Trivela
·17 de junho de 2021
Trivela
·17 de junho de 2021
A quinta-feira foi de uma vitória absolutamente tranquila de Países Baixos sobre a Áustria. Sim, Países Baixos, a tradução literal de Nederland, o nome oficial do país. Explicamos aqui por que eles querem ser chamados de Países Baixos, não de Holanda, que é o nome de uma região do país, onde curiosamente fica Amsterdã, local onde fica a Johan Cruyff Arena, local do jogo. Foi lá que Países Baixos, ou a Holanda, como a conhecemos, venceu por 2 a 0 os austríacos. Com isso, a seleção holandesa está classificada para a próxima fase, enquanto a Áustria terá que disputar com a Ucrânia para brigar pelo segundo lugar.
A Áustria veio a campo no seu 3-1-4-2, espelhando o 3-4-1-2 da Holanda. Os holandeses foram a campo com o mesmo time da estreia, com Georginio Wijnaldum, o capitão do time, como o meia atrás dos dois atacantes e com muita liberdade para chegar à frente. Davide Alaba começou novamente como um dos três zagueiros, atuando como um líbero, com uma certa liberdade para avançar. O desfalque da Áustria era no banco, pela suspensão de Marco Arnautovic por “insultar oponente”, embora haja suspeita que o que ele tenha cometido foi um ato de discriminação.
Com menos de 10 minutos, a Holanda teve a chance de sair em vantagem. Depois de uma boa jogada em que o zagueiro Stefan De Vrij apareceu como ponta pela direita, tentou o drible e acabou não conseguindo seguir, a bola sobrou para o ala Denzel Dumfries, que sofreu um pisão no pé de Alaba. Pênalti marcado para a Holanda, após consulta ao VAR.
Quem ficou responsável pela cobrança foi o camisa 10 dos neerlandeses, Memphis Depay, principal jogador do time ao longo do ciclo que levou à Eurocopa, desde 2018. A sua cobrança foi precisa, no canto, e o goleiro Daniel Bachmann pulou no canto certo, mas não conseguiu defender: 1 a 0 em Amsterdã.
Os austríacos tentaram reagir, mas pouco conseguiram fazer. Terminaram o primeiro tempo com dois chutes a gol, um para fora e outro bloqueado. Era a Holanda que ameaçava em chegadas perigosas, como um chute perigoso vindo de um lateral, em finalização de Depay. No fim do primeiro tempo, Van Aanholt fez um lindo lançamento para Wout Weghorst, que poderia ter finalizado, mas foi muito bem também ao passar para Depay, mas o companheiro errou feito e perdeu uma chance clara de ampliar o placar.
Depois de um primeiro tempo desleixado, ainda que tenha sido claramente superior que a Áustria, a Holanda voltou ao segundo tempo mantendo o jogo morno. Continuava chegando melhor ao ataque e trabalhando as jogadas, mas sem capricho.
Foi preciso que o técnico Frank de Boer fizesse algumas substituições para que o time, enfim, balançasse as redes. Aos 19 minutos do segundo tempo, o treinador colocou Nathan Aké no lugar de Daley Blind, Donyell Malen no lugar de Weghorst e Owen Wijndal no lugar de Patrick van Aanholt.
Donnyel Mallen recebeu quase na risca de meio-campo um lançamento de Memphis Depay, avançou, pareceu se enrolar um pouco com a bola, mas rolou para o lado onde estava o ala Denzel Dumfries, que finalizou para o gol. O goleiro ainda tocou na bola, mas sem conseguir impedir que ela entrasse. A Holanda abria 2 a 0 no placar.
Aos 36 minutos, Davide Alaba apareceu mais à frente e, livre, chutou forte, cruzado, e a bola passou muito perto. Foi a melhor chance da Áustria, que não acertou um chute no gol. O que torna realmente difícil empatar o jogo. É claro que ainda é possível marcar com um gol contra, mas convenhamos que é mais difícil.
No fim, a Holanda venceu por 2 a 0, sem muitos fogos de artifício, mas confirmando o favoritismo. A Áustria, porém, segue viva. Com três pontos, vai para a última rodada para enfrentar a Ucrânia e quem vencer fica com a segunda posição na chave. O empate levaria a classificação para ser definida no saldo de gols.
A Holanda fecha a fase de grupos novamente na Johan Cruyff Arena, em Amsterdã, contra a Macedônia do Norte, na segunda-feira. A Áustria enfrena a Ucrânia, em Bucareste, em uma disputa direta pela segunda vaga.