Inter travou Leverkusen, mas perdeu a primeira na Champions League devido a gol no final | OneFootball

O plano de Simone Inzaghi foi quase perfeito. A Inter viajou para a Alemanha evidentemente determinada a arrumar um empate com o forte Bayer Leverkusen, campeão germânico da última temporada, e por muito pouco não conseguiu. Em uma partida de bastante sacrifício, os italianos seguraram o 0 a 0 até os 90 minutos, quando Mukiele aproveitou jogada fortuita e definiu o placar. Apesar da primeira derrota nesta Champions League, os nerazzurri seguem em boa situação na competição e terminaram o dia na quarta colocação.

Inzaghi promoveu um rodízio na equipe nerazzurra, como vem fazendo, e optou por dar um descanso aos titulares Dimarco, Barella, Mkhitaryan e Lautaro – em seus lugares, atuaram Carlos Augusto, Frattesi, Zielinski e Taremi. Do outro lado, o Leverkusen de Xabi Alonso não pôde contar Boniface e Schick, com problemas físicos, só ficou no banco. Ademais, Tella foi escolhido para atuar numa vaga habitualmente preenchida por Andrich. Assim, o técnico basco buscava ter um time mais ofensivo no campo da BayArena.

Logo aos 3 minutos, o Bayer Leverkusen teve a primeira chance do jogo, quando Frimpong recebeu nas costas da defesa italiana e ajeitou pelo alto para Tella, que pegou um sem-pulo e carimbou o travessão. Depois disso, a Inter igualou a partida, que passou a ter poucas chances e muita luta. O Werkself, por exemplo, passou a experimentar chutes de fora da área: o fez aos 26, quando Palacios mandou por cima da baliza, pegando uma sobra de cruzamento na meia-lua, e aos 35, num arremate meio torto de Wirtz.

Durante a etapa inicial, a Inter começou a se irritar com as decisões do experiente árbitro Slavko Vincic, que pareciam, segundo os nerazzurri, favorecer ao time da casa: em várias ocasiões, o esloveno modificou o critério para dar faltas e cartões para as duas equipes, e também conversava demais com os atletas. No fina do jogo, o gol do Bayer Leverkusen, aliás, ocorreria num lance com participação do apitador.

No finalzinho, o Leverkusen aproveitou rara desatenção da Inter e ganhou o jogo na BayArena (Getty)

Melhor no jogo, mas inócuo, o time de Xabi Alonso era incapaz de furar o bloqueio da Inter e o panorama não mudou nem mesmo após as alterações feitas pelos dois técnicos. Em novas chances, aos 53 e aos 65 minutos, levou mais perigo. Primeiramente, Wirtz achou Frimpong em profundidade, o holandês ganhou de Bastoni e bateu para fora. Depois, o capitão Tah arriscou de muito longe e, com desvio em Dimarco, fez a bola raspar o travessão.

Com resiliência e um pouco de sorte, o Leverkusen chegou ao gol aos 90 minutos. Vincic passou bastante tempo conversando com jogadores que se agarravam na área e, aparentemente, isso distraiu a defesa da Inter – um erro que não pode ser cometido, sobretudo contra os aspirinas. Depois de uma bola levantada na área, alguma confusão e um monte de chutes mascados, a bola caiu no pé de Mukiele, que fuzilou e bateu Sommer.

O resultado levou o Leverkusen à vice-liderança da fase de liga da Champions League, com os mesmos 13 pontos da Inter, quarta – ao menos até amanhã. Depois de seis de oito rodadas disputadas, os dois times conservam amplo favoritismo para avançarem diretamente às oitavas de final, já que ambos ainda encaram o Sparta Praga, do pote 4, 28º colocado. O Werkself também enfrenta o Atlético de Madrid, na próxima jornada, e os nerazzurri fecham sua participação nesta etapa contra o Monaco.