João Martins valoriza vitória do Palmeiras e fala em desgaste mental com arbitragem: ‘Só queremos que a regra seja cumprida’ | OneFootball

Após vitória por 1 a 0 sobre o São Paulo neste domingo (11), na Arena Barueri, pela oitava rodada do Brasileirão, quem falou com a imprensa foi o auxiliar técnico João Martins, já que Abel Ferreira foi expulso durante a partida.

João comentou sobre o desgaste físico da temporada, a estratégia com o elenco, a atuação de Vitor Roque, além da arbitragem e do ambiente na Arena Barueri.

Desgaste na temporada

-Sabíamos que ia ser uma temporada muito desgastante. Precisávamos de opções para todas as posições, um elenco mais equilibrado. Temos que ter sempre jogadores que mantenham o nível da equipe. Muitos que estão no banco, ou quase todos, passaram por problemas físicos durante o ano – como Mauricio, Veiga, Murilo… Queremos minimizar as lesões e estar prontos quando essas situações acontecerem. – disse.

Dificuldade contra o São Paulo

Sobre a partida, o auxiliar valorizou o resultado diante de um rival:

-Foi uma vitória importante. O São Paulo ainda não tinha perdido no Brasileirão. É um adversário difícil de furar, é só olhar os últimos jogos. Se tivéssemos sido mais eficazes no início, a história poderia ter sido outra.

Eficácia e mudanças no segundo tempo

-Tivemos boas oportunidades no início, mas o São Paulo defende muito bem. Precisávamos arriscar mais, ser mais eficazes. Foi o que fizemos no segundo tempo. É normal que as equipes cedam mais espaço na segunda etapa, e a gente preparou seis jogadores no intervalo para aproveitar isso. – comentou.

Críticas à arbitragem e expulsão de Abel

João Martins demonstrou incômodo com a falta de critério:

-Nós só queremos que a regra seja cumprida. No lance da expulsão do Abel, o jogador adversário merecia cartão amarelo. É um desgaste mental gigante conviver com essa falta de critério. Não queremos favorecimento, só justiça. – disse.

‘Ter opções como Flaco e Vitor Roque é uma dor de cabeça boa’

Questionado sobre a escolha por começar com apenas um dos atacantes, João explicou a decisão estratégica e elogiou o grupo:

-Tivemos um jogo muito desgastante no Paraguai, com jogadores no limite. Se colocássemos os dois (Estêvão e Vitor Roque) de início, podíamos ter problemas de pressão, intensidade. Foi uma escolha estratégica. Hoje temos mais possibilidades de pensar o jogo. Se tivesse só um deles, ia jogá-lo até não aguentar mais. – começou.

E comentou sobre a gestão do elenco palmeirense:

-O jogador gosta de jogar, ninguém quer ficar de fora. Mas são profissionais. Faz parte da nossa gestão. É como numa empresa: o funcionário do mês é um, mas os outros não são ruins por isso. O importante é manter o profissionalismo no mais alto nível. – finalizou.

Vitor Roque brilha e ganha confiança

João também comentou sobre o momento de Vitor Roque, autor do gol da vitória, e o amadurecimento do jogador após passagem pelo Barcelona:

-Mesmo quando a bola não entrava, o Vitor sempre foi exemplar. A gente sempre falava que o gol ia sair. É claro que isso mexe com o mental, mas o ambiente aqui ajudou muito, os colegas o sustentaram nesse momento. Ninguém vence nada sozinho.

-No Barcelona, ele saiu muito jovem, talvez tenha faltado apoio, estrutura. Esses atletas precisam de suporte quando chegam a clubes gigantes. Mas hoje ele está mais cascudo. Está trabalhando muito para fazer mais gols. – concluiu.

Arena Barueri: clima diferente com estádio cheio

Por fim, João Martins comentou sobre o ambiente na Arena Barueri, que recebeu público recorde na temporada:

-Foi a primeira vez que vimos o estádio realmente cheio, parece. Geralmente são 11, 12 mil torcedores, o que deixa o clima mais frio. Hoje foi diferente. O gramado está impecável, cinco estrelas, os jogadores gostam de vir aqui. Mas o Allianz é o Allianz, é a nossa casa. – finalizou.

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