Leonino
·04 de dezembro de 2024
Leonino
·04 de dezembro de 2024
Rogério Azevedo, jornalista do jornal A Bola, fez uso do seu espaço de opinião no diário desportivo para comentar os últimos acontecimentos no Sporting. Apesar dos últimos desaires, o mesmo acredita que João Pereira ainda pode dar alegrias aos adeptos, apesar do pesado legado deixado por Ruben Amorim.
"Imaginemos um casamento feliz. Há dinheiro, amor, comunicação e filhos criados. De repente, porém, um dos cônjuges decide sair. Encontra alguém com mais dinheiro e amor e sai. Pede desculpa ao outro cônjuge e aos filhos, mas diz que não podia deixar fugir aquela oportunidade. Era agora ou então, se deixasse fugir essa hipótese, o futuro amado não esperaria. O cônjuge traído fica destroçado, mas aceita. Tal como os filhos. Choram todos, mas sabem que, enquanto estiveram juntos, foram muito felizes. Felizes como há muito não eram", começou por dizer, ironizando.
"O cônjuge que sai vai para casa do novo amor e continua a ser feliz. Há dificuldades, sim, a vida não é fácil, mas passa a ser amado pela família do novo amor, até porque há mais dinheiro e mais possibilidades de concretizar sonhos que seriam quase impossíveis com o anterior cônjuge. Os enteados, agora tratados como filhos, dão tudo por tudo para que a nova relação resulte. O cônjuge que saiu continua feliz, agora no lugar onde, diz, sempre quis estar".
"O problema centra-se no cônjuge que ficou e no seu novo amor. A relação começa com estrondo e fica a sensação de que, desde que o novo amor nada estrague, tudo continuará como dantes. Porém, dias depois, recebem a visita de uma família estrangeira e tudo corre mal: refeição esturricada, talheres sujos, vinho estragado, copos partidos. Não faz mal, pensam. Era amigos estrangeiros e o que interessa são, sobretudo, os portugueses. Logo de seguida, nova visita: tugaria. A história repete-se: refeição esturricada, talheres sujos, vinho estragado, copos partidos. E a família, antes unida, começa a pensar que a culpa é do cônjuge que saiu e do novo amor do cônjuge que ficou".
"Há quem pense, como eu, que a culpa é apenas e só do luto por fazer. Ninguém termina sem drama um casamento feliz. E há segundas relações que acabam por correr bem, mesmo começando mal", termina, com uma solução para os problemas que surgiram desde a chegada de João Pereira.