oGol.com.br
·26 de setembro de 2024
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Jorge Jesus fez história no Brasil em curta passagem pelo Flamengo, e se tornou um dos nomes de referência ao falar do sucesso de técnicos estrangeiros no Brasil. Embora distante, na Arábia Saudita, o treinador luso mantém um sonho vivo na carreira: treinar a seleção brasileira.
O nome de Jorge Jesus foi cogitado em momentos de instabilidade, em especial após a saída de Tite, com a abertura da CBF para contratar um técnico de fora do país. Carlo Ancelotti acabou por ser convidado, e recusou para seguir no Real Madrid. Ramon Menezes e Fernando Diniz foram interinos no período, antes de Dorival Júnior ser efetivado.
Sem o convite desejado, Jorge Jesus seguiu sua carreira. Depois do Flamengo, retornou ao Benfica, em passagem apagada, comandou o Fenerbahçe, onde venceu uma Copa da Turquia, e foi recrutado em 2023 para a sua segunda passagem pelo Al Hilal. Venceu o campeonato saudita com sobras, mesmo tendo o Al Nassr de Cristiano Ronaldo e Luís Castro como adversários. O futuro, no entanto, não deve passar por muitos anos na Arábia Saudita.
"No futebol não faço muitos projetos, por isso é que eu só assino contratos de um ano em todos os clubes. Este clube queria que eu assinasse por três, depois por dois e eu disse que não quero. Só quero um ano porque o futebol é momento. Agora estou bem, mas daqui a duas ou três semanas se tu não ganhas, tudo muda. É assim em todo o mundo. Não faço projetos para o futuro. Faço projetos para o presente", argumentou Jorge Jesus em entrevista ao jornal português A Bola.
"Não projeto que o meu futuro de treinador vai passar pela Arábia Saudita durante estes anos todos. Não sei o que é que vai acontecer. Aquilo que eu tenho a certeza é que quando deixar de treinar, onde eu quero viver é no meu país. Isto eu não tenho dúvida nenhuma", garantiu o treinador, de 70 anos.
Com pouco tempo pela frente como profissional, por conta da idade, ainda há sonhos para Jorge Jesus realizar. A maior parte o mesmo reconhece ser difícil nesta altura da carreira. O treinador adoraria liderar uma equipe "Top 5" da Premier League, tendo recusado equipes menores no passado. E quer disputar uma Copa do Mundo, com possibilidade de disputar o título... A seleção brasileira enche os olhos do técnico.
"A seleção brasileira é diferente, claro que é uma ambição, não nego. Mas será difícil. No Brasil, dificilmente um treinador estrangeiro entra na seleção do Brasil. Acho eu. Pode ser que mude, mas dificilmente acontecerá. Eles não estão muito para aí, que um treinador estrangeiro, seja quem for, treine a seleção do Brasil", reconheceu.
"Se for um estrangeiro penso que serei aquele que poderei estar mais perto. Porque só torcedores, fãs do Flamengo, são 50 milhões. Mas, não quero fazer um cenário com aquilo que possa acontecer na minha carreira. Porque foi sempre assim que eu pautei a minha carreira: o futebol é dia-a-dia", defendeu JJ, lembrando que só assina contratos de um ano de duração por onde passa.