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·20 de agosto de 2020

José Mourinho e seus Dragões lusitanos

Imagem do artigo:José Mourinho e seus Dragões lusitanos

Aproveitando a semana das finais de competições europeias, chegou a hora de ligar o notebook aqui no meu iate e contar a história sobre a glória de um dos rivais do meu Sporting. Entretanto, os portistas foram felizes, principalmente, por causa de um homem que tem extrema importância em minha carreira. Desse modo, O Gajo Conta a vocês sobre o técnico José Mourinho e o Porto que esteve sob seu comando entre os anos de 2002 e 2004.

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O PRIMEIRO CONTATO

Após a aposentadoria como jogador em 1987, José Mourinho retornou ao futebol na década de 1990. Contudo, o lusitano começou como preparador físico e, depois, passou à função de auxiliar-técnico (Estrela da Amadora e Vitória de Setúbal). Assim, poucos anos depois, foi contratado pelo técnico inglês Bobby Robson, no Sporting. Inclusive, seu primeiro contato com o Porto foi justamente com Robson. Entretanto, sua passagem como auxiliar dos Dragões durou duas temporadas, pois seu chefe transferiu-se ao Barcelona, da Espanha.


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Em 1998, Robson vai ao PSV, da Holanda. Em contrapartida, Mourinho seguiu em território espanhol para ser auxiliar do técnico holandês Louis van Gaal. Desse modo, o português ganhou um espaço maior no elenco e começou a colocar seu estilo dentro de campo. Sendo assim, logo o comandante nascido em Setúbal ganhou sua primeira oportunidade como técnico, e justamente no maior rival do Porto, o Benfica.

Todavia, sua passagem pelas Águias tiveram dias contados, durando apenas 11 partidas, pois Manuel Vilarinho tornou-se presidente do clube da Luz e já tinha um técnico como braço direito (Toni). Com isso, Mourinho foi contratado pelo União de Leiria para a temporada 2001/02, onde permaneceu até janeiro de 2002. Enfim, José Mourinho tornava-se técnico do Futebol Clube do Porto.

FORMANDO UMA FAMÍLIA

José Mourinho foi o técnico escolhido para a vaga de Octávio Machado. Assim, tratou de levar o atacante brasileiro Derlei, com quem contava no Leiria. Apesar de chegar ao Porto com a temporada em andamento, rapidamente o comandante obteve sucesso. Em suma, terminou a Primeira Liga 2001/02 na 3ª colocação, somando 11 vitórias, dois empates e duas derrotas.

Vocês sabem que eu gosto de falar e cumprir, como fiz na partida entre Real Madrid e Wolfsburg, dizendo que seria uma noite mágica. Seguindo a mesma linha, Mourinho, após o término de sua primeira época no comando dos Azuis e brancos, disse a seguinte frase: “na próxima temporada seremos campeões“.

Entretanto, para que suas palavras fossem concretizadas, o elenco teria que abraçar sua ideia. Desse modo, diversos jogadores tornaram-se essenciais, como o arqueiro Vítor Baía, os defensores Ricardo Carvalho e Jorge Costa, os meias Costinha, Deco e  o russo Dmitriy Alenichev, e o atacante Hélder Postiga. Assim, juntaram-se aos “velhos” de casa, Maniche e o lituano Edgaras Jankauskas, ambos do Benfica, Paulo Ferreira, do Vitória de Setúbal, além de Nuno Valente e Derlei, filhotes de Mourinho de sua época em Leiria.

OS DRAGÕES EM GELSENKIRCHEN

Cumprindo sua promessa, Mourinho levou o Porto ao título da elite do Campeonato Português em 2003, com uma campanha surpreendente, com 27 vitórias, cinco empates e apenas duas derrotas. Entretanto, as glórias não pararam por aí. Desse modo, os adeptos portistas também comemoraram a conquista da Taça de Portugal, diante do ex-clube de Mourinho, União de Leiria, além da Taça UEFA, batendo o Celtic, da Escócia, na grande final.

E o melhor ainda estava por vir. Sendo assim, na temporada 2003/04, os Tripeiros tornaram-se bicampeões portugueses. Contudo, teve um tropeço no dia 16 de maio de 2004, com uma derrota para o Benfica, na decisão da Taça de Portugal. Todavia, os Dragões de Mourinho queriam cravar seu nome no maior posto do futebol europeu. Ou seja, buscavam o segundo título da Liga dos Campeões – lembrando que o primeiro aconteceu em 1987, vencendo o Bayern de Munique.

Com isso, no dia 26 de maio daquele mesmo ano, o Porto coroou uma campanha que conteve apenas uma derrota, para o Real Madrid, na fase de grupos da competição. Antes de chegar a final, disputada em Gelsenkirchen, na Alemanha, os portistas eliminaram os ingleses do Manchester United, os franceses do Lyon e o espanhóis do Deportivo La Coruña. Em suma, para erguer a famosa orelhuda, do qual eu tenho cinco e sou o maior artilheiro, Mourinho comandou o time em um 3×0 diante do Monaco, da França, com gols do até então jovem brazuca Carlos Alberto, Deco e Alenichev.

Entretanto, em entrevista pós-jogo, José Mourinho contou sobre o seu desejo de buscar novos desafios na temporada seguinte. Assim, transferiu-se ao Chelsea, da Inglaterra. Contudo, o seu nome já estava marcado eternamente na instituição lusitana.

Foto destaque: Divulgação/ASF/PRESS PHOTO AGENCY

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