MundoBola Flamengo
·14 de dezembro de 2024
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·14 de dezembro de 2024
O terreno adquirido pelo Flamengo na área do Gasômetro, no Rio de Janeiro, serviu como combustível na esperança dos torcedores que desejam um estádio próprio no futuro. Porém, os problemas após comprar a área já começaram a surgir, como a determinação da Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico de que ele pertence à Naturgy, antiga CEG (Companhia Estadual de Gás).
Dessa vez, quem projetou algumas dificuldades pela frente foi Ricardo Lomba, candidato à presidência do Conselho Deliberativo do Flamengo, em conversa com os jornalistas Bruno Marques, Luiz Antônio e Matheus Leal. O pleito acontece na próxima segunda-feira (16). Além de Ricardo, na chapa 1, o candidato da chapa 2 é Álvaro Ferreira.
Ex-vice-presidente do Conselho Deliberativo e vice-presidente de futebol na gestão final de Eduardo Bandeira de Mello, Lomba admitiu que, para o torcedor, a compra do terreno foi "espetacular". Por outro lado, afirmou que a diretoria do Flamengo deveria ter tratado o caso com mais cautela. Segundo ele, houve precipitação.
"A compra do terreno pode ser analisada por duas óticas. Primeiro, a do torcedor apaixonado. É espetacular. Era tudo que a gente queria. Como vai votar contra isso? Mas o dirigente tem que ter um pouco mais de cuidado na análise", começou Lomba.
"Houve uma precipitação. Havia um momento político do governo do Estado do Rio e uma campanha para presidente do Flamengo. Essas duas coisas se uniram. Aí, aprova de qualquer maneira, porque isso é voto certo. Mas você atropela uma série de questões que foram ignoradas", analisou.
Segundo ele, a diretoria que vai assumir o Flamengo a partir de janeiro de 2025 ainda não sabe o que vai encontrar em relação ao terreno. Como exemplo, Lomba citou a descontaminação que precisa ser feita no local, mas que ainda não há um plano concreto para a realização.
"A gente não sabe o que tem pela frente. É claro que a gente quer o estádio, o terreno, mas o que estamos comprando? O que precisa fazer para construir? Essa história de descontaminação: o que é isso? Como é o projeto? É uma série de detalhes que a gente não sabe", admitiu.
Lomba reiterou que as falas não tratavam-se de uma crítica à gestão de Rodolfo Landim, que deixa a presidência ao fim do ano, mas reconheceu que a aprovação dos conselheiros foi "na empolgação". De acordo com o candidato, a compra valia o risco, mas os detalhes só serão conhecidos de fato no ano que vem.
"Não estou julgando a gestão que se encerra no dia 31. Não sei o que eles sabem. Mas nós, conselheiros, ninguém sabe nada. Sem medo de errar: aprovamos na empolgação. Tecnicamente, não havia subsídios suficientes para saber se era bom ou ruim. Acho que valia o risco. Porém, vamos ver o tamanho do risco a partir do dia 2 de janeiro", finalizou.