Mano Menezes critica a arbitragem na derrota para o Botafogo e sugere ‘pressão externa’ de Textor: ‘Não sei se houve intimidação’ | OneFootball

O técnico Mano Menezes, do Fluminense, saiu insatisfeito com a arbitragem no clássico que perdeu para o Botafogo por 1 a 0, no Maracanã, pela 27ª rodada do Brasileirão. Em coletiva após a partida, o treinador levantou suspeita sobre o critério dos árbitros em relação ao Glorioso nesta temporada.

Isso porque Mano reclama de um possível pênalti não assinalado de Matheus Martins em Cano ainda na primeira etapa e de falta de Gregore na origem do lance do gol do clássico marcado por Luiz Henrique.

– Fizemos um jogo bastante parelho e disputado. Foi um clássico em que tentou-se achar solução a todo mundo e se encaminhava por um 0 a 0 até justo pelo que as equipes fizeram. Aí tivemos um lance final, é óbvio que é um erro. Podemos discutir se houve a alavanca da falta, mas é minha opinião. Assim como acho que houve um pênalti no primeiro tempo – disse Mano.

– Não sei se existe uma pressão externa que foi feita bastante forte de autoria do dono da SAF do Botafogo [John Textor]. Se intimidou alguma coisa porque nesse ano o pessoal está sensível para caramba para analisar ou para dar um pênalti contra, para marcar uma falta e anular um gol. O pessoal está mais sensível. Isso é ruim porque vai levar outras pessoas a fazerem pressão. A pressão é sempre ruim, mas quando você vê que a pressão surte efeito, você se sente também no direito de fazer – continuou.

Vítor Silva / Botafogo

Além disso, o técnico do Fluminense criticou o VAR por não interferir nas decisões do árbitro Wilton Pereira Sampaio em campo.

– Eu não gosto muito de falar de arbitragem em cima de derrota, porque sempre as pessoas fazem um recorte da análise e sugerem que você está dizendo que você foi prejudicado e que o resultado aconteceu por isso. A gente sempre fala as mesmas coisas. Dizem que foi pênalti no lance do Germán Cano, mas que dessa vez o VAR resolveu respeitar a decisão do árbitro. Fico muito intrigado com essas coisas porque tem hora que o VAR resolve obedecer e em outra hora o VAR chama por lances muito menores do que esse para fazer análise. A gente precisa chegar a um lugar comum do que queremos fazer para que seja igual para todos. Ou vai chamar ou não vai chamar – declarou para concluir:

– Para nós, foi pênalti. Para um monte de gente foi pênalti, e o VAR nesse momento respeitou. Respeitou também o segundo lance. Embora tenha acontecido um erro, na minha opinião, quando o Gregore faz a alavanca para botar a perna ele não toca na bola. Então ele toca no Felipe. Se ele toca no Felipe, é falta. Mas é minha opinião. A gente já viu marcar falta em lances como esse muitas vezes, mas hoje o árbitro resolveu não marcar, e nós tomamos um gol assim – completou.