Fala Galo
·11 de abril de 2024
Fala Galo
·11 de abril de 2024
Por Hugo Fralodeo 11 abr 2024 1:13
Uma quarta-feira histórica para o Atlético. A vitória sobre o Rosario Central marcou o primeiríssimo jogo de Libertadores disputada na Arena MRV.
Mas não significa que tenha sido fácil. Em um jogo com cara de Libertadores, o Alvinegro superou a postura fechada dos argelinos, fez uma boa reta final de primeira etapa e, com mais um gol de Gustavo Scarpa, titular pela primeira vez sob o comando de Gabriel Milito, mesmo com o gol perdido por Paulinho, foi para o intervalo com a vitória parcial.
Na volta dos vestiários, a trama ia se complicando com o empate dos centralistas, mas o Arqueiro se redimiu e deu a vitória ao Galo com o tento que o isolou na terceira posição da lista dos maiores artilheiros do Atlético na principal competição sul-americana de clubes.
Em sua entrevista coletiva após a partida, o comandante analisou o que viu em campo, além de explicar um pouco do que era seu plano de jogo. De acordo com o Mariscal, o time fez um bom primeiro tempo, mas perdeu o controle da partida na etapa complementar:
“Fomos superiores no primeiro tempo, marcamos o gol, pudemos quebrar as estruturas defensivas do Central e controlar muito bem seus contragolpes. Saravia fez uma partida muito boa contra Campaz. Tivemos paciência para rodar a bola e criamos chances de gol. Creio que poderíamos ter terminado com o 2 a 0, numa situação muito clara de Paulinho. O segundo tempo, realmente, nos custou um pouco mais. Antes deles empatarem, já não estávamos controlando a partida da mesma maneira. Chegaram ao empate, mas, graças a qualidade que tem os nosso jogadores, pudemos marcar o 2 a 1 rapidamente”.
Foto: Pedro Souza / Atlético
“Nossa intenção era controlar a partida um pouco mais com a bola e não conseguimos. Também não conseguimos controlar a circulação de bola deles e sofremos em um momento. Mas é Copa Libertadores, jogamos contra um campeão do futebol argentino e sabemos que nada vai ser fácil. Aprendemos muitas coisas na partida de hoje”.
Sacando Otávio para a entrada de Gustavo Scarpa, Milito fez alterações no posicionamento de determinadas peças. Com Franco e Battaglia mais postados, Paulinho, se juntando a Scaroa, que jogou aberto, pela direita do ataque, e Zaracho, dobrando na esquerda com Arana, tinham a missão de criar superioridade numérica no meio-campo e dar amplitude, oferecendo opções para Hulk, que esteve mais presente na área, sair para o jogo:
“Tentamos posicionar nossos jogadores para receber (a bola) com muito tempo. Sabíamos que eles poderiam jogar com dois volantes e um meia-atacante ou com um volante e dois meio-campistas. Então, na zona do meio-campo, queríamos colocar quatro jogadores, com Hulk atacando os dois zagueiros e Zaracho e Paulinho nas costas do volante, se fosse um. Se fossem dois aqui, seria um contra Alan Franco e Battaglia. Buscamos ter quatro contra três neste setor. Queríamos ter amplitude com Arana e Gustavo (Scarpa), para quando eles subissem seus pontas, podermos jogar com eles (Arana e Scarpa) e aprofundar com Zaracho, que ataca muito bem os espaços, mover sua estrutura defensiva e correr nos espaços com Hulk, que sempre estava entre os zagueiros para também colaborar e sair para jogar. Esse foi o plano de jogo”.
Foto: Pedro Souza / Atlético
Com a segunda vitória na Copa, o Galo se isolou na ponta do grupo G. Agora, com uma pausa de duas semanas na principal competição sul-americana de clubes, o Alvinegro vira a chave e se concentra no Brasileirão. A estreia é já neste domingo (14), às 16h, diante do Corinthians, na Neo Química Arena.
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