Última Divisão
·24 de janeiro de 2025
Última Divisão
·24 de janeiro de 2025
Por Rian Ferreira
A primeira divisão do Campeonato Gaúcho de 2025 traz uma novidade das mais interessantes: o Monsoon. Desde a sua fundação, no ano de 2021, o clube de Porto Alegre já conta com resultados expressivos nas divisões de acesso do futebol do Rio Grande do Sul.
A equipe conta com o aporte de investidores internacionais, sob a batuta do indiano Sumant Sharma, empresário do ramo de tecnologia e CEO do clube. A ideia do Monsoon teve importante participação do empresário gaúcho Lucas Pires, que possui ligações com o MMA e é o presidente do clube-empresa, que busca, além do sucesso esportivo, a valorização e formação de jovens talentos.
Um degrau importante na consolidação do projeto é fazer um bom Gauchão para ter calendário nacional em 2026. O Rio Grande do Sul conta com três vagas na Série D (oriundas do Estadual) e cinco na Copa do Brasil (quatro do Gauchão mais o campeão da Copa FGF). Dos 12 times da elite gaúcha, Inter, Grêmio e Juventude estão na Série A, enquanto Ypiranga e Caxias estão na Série C. Ou seja, a briga do Monsoon é com mais seis clubes, podendo ter mais vagas abertas caso Brasil de Pelotas, Guarany de Bagé, São José ou São Luiz, que vão disputar a Série D em 2025, consigam o acesso.
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O clube estreou na Série B (equivalente à terceira divisão) do Gauchão no ano de 2022 e já conquistou o seu primeiro título. No ano seguinte, disputou a Série A2 e foi eliminado pelo Pelotas nas quartas de final da competição, adiando o objetivo do acesso. Em 2022 e 2023, ainda chegou às quartas de final da Copa FGF. Quis o destino que, em 2024, Monsoon e Pelotas se reencontrassem, dessa vez, na decisão da Série A2. A equipe da capital venceu a final nos pênaltis e conquistou mais um troféu, garantindo o acesso à elite do Gauchão.
O Monsoon manda seus jogos no Estádio João da Silva Moreira, mais conhecido como Parque Lami, na zona sul de Porto Alegre, que tem capacidade para 1,5 mil torcedores e já foi a casa do Porto Alegre, clube da família de Ronaldinho Gaúcho que foi extinto em 2012. O estádio, inclusive, leva o nome do pai de Assis e Ronaldinho. Porém, em 2025, precisará se transferir para o Estádio do Vale, em Novo Hamburgo, para mandar suas partidas.
O elenco mantém a base do acesso de 2024, com destaque para as permanências dos experientes Max (goleiro), Itaqui (lateral direito) e Léo Bahia (atacante), do polivalente uruguaio Luis Morales, do lateral esquerdo Cássio, do zagueiro Jô e dos meias Cris Magno e Otávio. As principais baixas no plantel para a temporada 2025 foram a do volante Marco Freitas, que retornou ao São José, e do atacante José Carlos, que foi para o Porto Vitória.
Comandado por China Balbino, campeão da Copa FGF pelo São José, o Monsoon foi ao mercado e trouxe dois jogadores conhecidos do cenário nacional: o atacante Leandro. revelado no Grêmio, com passagem pela base do Gama, passou também por Palmeiras, Santos e Coritiba, sendo, inclusive convocado por Felipão para a Seleção Brasileira, disputando um jogo e marcando um gol. Passou sete temporadas no Japão, atuando por Kashima Antlers e FC Tokyo, retornando ao Brasil em 2024, para jogar no Paysandu.
O segundo destaque do mercado do Monsoon é o zagueiro Sidnei, que se destacou no Internacional, passou 13 anos na Europa, jogando por Benfica, Besiktas, Espanyol, Deportivo La Coruña e Real Bétis, voltou ao Brasil, atuando em Cruzeiro, Goiás e Ceará, com um rápido retorno ao Velho Continente para uma passagem pelo Las Palmas. O defensor ainda disputou o sul-americano e o Mundial da categoria sub-17 pela Seleção Brasileira, em 2005.
Além deles, o clube tratou de contratar jogadores com mais rodagem no interior gaúcho e passagens por divisões nacionais para encorpar o elenco, como o goleiro Lúcio, os volantes Jeferson Lopes e Jhonata Lima, o meia Diogo Sodré e os atacantes Jarro Pedroso e Matheus Batista.
Tabela do Monsoon na primeira fase do Gauchão:
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