Ninguém bate a Championship em equilíbrio: apenas sete pontos separam o líder do 15º colocado | OneFootball

A segunda divisão inglesa tem a fama de ser uma das ligas mais duras da Europa. É uma verdadeira maratona, com 46 rodadas, e apenas dois times ganham o bilhete dourado da Premier League diretamente. Outros quatro precisam passar pelos playoffs pela última vaga. O futebol não costuma ser dos mais sofisticados, muito físico e de entradas duras. É raro que alguém dispare e tenha uma temporada sem nenhum problema. Mas também é raro um equilíbrio como o deste momento, em que apenas sete pontos separam o primeiro do 15º colocado.

A tabela da Championship não está nivelada em jogos, mas a maioria entrou em campo 15 vezes. Alguns 16. O Rotherham e o Huddersfield, 14. O Coventry, apenas 12. De qualquer maneira, o líder é o Queens Park Rangers, com 27 pontos, empatado com o Blackburn, que fez um jogo a mais. Detalhe: o campeão inglês de 1994/95 tem sete derrotas (e nove vitórias). Perdeu mais vezes que o vice-lanterna Coventry (em 12 partidas) e que o West Brom (em 15), ambos com cinco.

O Blackburn é treinado pelo famoso Jon Dahl Tomasson, que assumiu o clube em junho após ser auxiliar da Dinamarca e comandar o Malmö. Em campo, o chileno Ben Bereton lidera, com oito gols em 17 partidas. O QPR tem Michael Beale no banco de reservas Lembra-se dele? Foi assistente de Rogério Ceni no São Paulo e o braço direito de Steven Gerrard no Rangers e no Aston Villa antes de se aventurar em carreira solo. Está fazendo bom trabalho e entrou na lista do Wolverhampton, mas quer terminar o que começou. Recusou a abordagem da Premier League porque não sentiu que era o momento certo.

Os rebaixados da Premier League têm conseguido aproveitar a vantagem financeira e os restos de um elenco mais qualificado que a média da segunda divisão para se impor. Por enquanto, quem está fazendo isso melhor é o Burnley, que aparece na terceira posição, com 26 pontos, sob o comando de Vincent Kompany, o escolhido para suceder Sean Dyche. Muitos jogadores foram embora, mas o Burnley manteve uma base experiente, com peças como Jay Rodríguez, Jack Cork, Charlie Taylor e Ashley Barnes.

A sequência seguinte também tem figurinhas carimbadas da Premier League recentemente, como o Sheffield United, em quarto lugar, com 25 pontos, e o Norwich, em sexto, com 24, empatado com o Luton, à sua frente, e o Swansea, o primeiro fora da zona de playoffs. O Norwich é treinado por Dean Smith, que subiu com o Aston Villa e substituiu Daniel Farke, que conseguiu dois acessos.

Três pontos separam o primeiro do sétimo colocado. Logo depois, três pontos também separam o oitavo, o Milwall, do 15º, o Watford, o terceiro rebaixado da Premier League que, para variar, trocou de treinador. Rob Edwards foi embora, chegou Slaven Bilic. Entre eles, há Preston North End, Reading, Rotherham, Bristol City, Sunderland e Birmingham, todos sonhando com um lugar ao sol.

Desde que o campeonato começou, no fim de julho, já houve sete demissões, começando com Michael O’Neill, do Stoke City, ao fim do primeiro mês. Outros que perderam o emprego, além de Edwards, foram Danny Schofield (Huddersfield), Steve Morrison (Cardiff City), Shota Arveladze (Hull City), Chris Wilder (Middlesbrough) e Steve Bruce (West Brom). Os técnicos de Sunderland e Rotherham, Alex Neil e Paul Warne, foram recrutados por Stoke City e Derby County, respectivamente.

Um ritmo brasileiro de praticamente uma demissão a cada duas rodadas, o que indica que muita gente estava insatisfeita com o trabalho, ao mesmo tempo em que causa uma certa turbulência que atrapalha a regularidade. A maior sequência de vitórias do momento é do Milwall, com três. A maior sequência de derrotas é do Reading, também com três. Ninguém está em fase muito ruim, ninguém está em fase muito boa. Com exceção dos dois líderes, nenhum time conseguiu vencer metade das partidas que disputou até agora. Por outro lado, apenas Huddersfield e Hull City perderam mais da metade.

A Championship pode não ser a liga que apresenta o melhor futebol, mas esta temporada está brilhando em imprevisibilidade. Mais ou menos ao fim do primeiro terço, praticamente todo mundo está na briga.

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