Jogada10
·23 de novembro de 2022
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A Costa Rica se consolidou, nos últimos anos, como uma das potências no futebol da América Central. Donos da melhor campanha da região nas últimas Copas do Mundo, chegando à quartas de final em 2014, Los Ticos agora se despedem da sua melhor geração. O Mundial do Qatar, no qual estreiam nesta quarta-feira (23), será o ‘canto do cisne’ dos veteranos que lideram o maior time que o país já teve.
O goleiro Keylor Navas, o volante Celso Borges e o meia Bryan Ruíz são o tripé da experiência no time costarriquenho. Eles estiveram juntos na histórica campanha de oito anos atrás, voltaram a se reunir para a Copa da Rússia (na qual venderam caro uma derrota para o Brasil) e, desta vez, retornam no Qatar. Obviamente, o sonho é em fazer história novamente. E a dificuldade da chave não assusta.
Em sua terceira Copa, Bryan Ruíz é o capitão da Costa Rica no Qatar – Alfredo Estrella/AFP
Na Copa do Mundo do Brasil, a Costa Rica caiu no ‘Grupo da Morte’, ao lado de Inglaterra, Itália e Uruguai, todos campeões do mundo. Ao bater uruguaios e italianos, o time garantiu sua classificação para o mata-mata, onde também bateu a Grécia. O time só caiu para a Holanda, nas quartas de final. Por isso, Alemanha, Espanha e Japão podem ser rivais duros, mas os ‘vovôs’ não têm medo.
“Temos uma seleção jovem, boa, com muita fé e esperança. Queremos estar na final, sabemos que é muito difícil, mas quando você vem à Copa, não dá para sonhar pequeno. Não viemos só participar, queremos dificultar para os rivais e vencê-los. Não somos favoritos e podem pensar que somos loucos por queremos isso, mas todas as pessoas que mudaram o mundo já foram chamadas de loucas também”, diz um inspirado Keylor Navas.
Apesar de contar com os veteranos, considerados verdadeiros heróis nacionais na Costa Rica, a seleção está bastante renovada para a Copa do Mundo. A maior parte do grupo atua no próprio país e é formada por jogadores de 19 a 25 anos. A equipe foi a última a se classificar através das Eliminatórias, mas começou sua preparação com alguma antecedência. Dessa forma, eles entendem que há mais chances de realizar o sonho de chegar longe.
“Talvez não seja agora, mas para um menino que escuta o Bryan Ruíz falar hoje em ser campeão mundial, não parecerá tão estranho dizer isso daqui a dez anos. Temos que plantar a semente, ser ambiciosos. Ter a coragem de falar isso é a única forma de começar a se tornar um campeão mundial”, diz o técnico Luis Fernando Suárez, cujo endosso à experiência tem Ruiz como exemplo:
“Toda seleção precisa de jogadores experientes. Podemos contribuir muito com essa vontade dos jovens dentro e fora de campo. Sinto que o time quer estrear logo, com uma ansiedade que é normal neste tipo de torneio. A Espanha tem qualidade, mas nós também temos e sabemos o que é preciso fazer para tentar ganhar”.