O ADEUS DO BONDE: Contrato acaba e Orejuela se despede após custar R$ 1,4 milhão por jogo ao São Paulo | OneFootball

O ADEUS DO BONDE: Contrato acaba e Orejuela se despede após custar R$ 1,4 milhão por jogo ao São Paulo | OneFootball

Icon: AVANTE MEU TRICOLOR

AVANTE MEU TRICOLOR

·01 de março de 2025

O ADEUS DO BONDE: Contrato acaba e Orejuela se despede após custar R$ 1,4 milhão por jogo ao São Paulo

Imagem do artigo:O ADEUS DO BONDE: Contrato acaba e Orejuela se despede após custar R$ 1,4 milhão por jogo ao São Paulo

Lateral colombiano deixa, enfim, o Tricolor (Ernesto Ryan/Getty Images)

RAFAEL EMILIANO @rafaelemilianoo


Vídeos OneFootball


Chega ao fim hoje o contrato de Orejuela com o São Paulo. Assinado em março de 2021, há quase exatos quatro anos. Ele custou muito dinheiro ao Tricolor, para um retorno ínfimo. No total, ele entrou em campo apenas 23 vezes pelo clube, sendo dezessete como titular, por um total de 1.254 minutos. Em outras 21 ocasiões, permaneceu no banco de reservas, o que o coloca como tendo sido relacionado para 44 das 297 partidas que o clube fez desde o anúncio da contratação do colombiano (14,8%).

Foram pagos 2 milhões de euros ao Cruzeiro por seus direitos econômicos, valor que na época correspondia a R$ 13,3 milhões. Com salários de aproximadamente R$ 400 mil mensais, que, multiplicados por 48 meses, somam R$ 19,2 milhões.

Ou seja, mesmo se não tiver havido pagamento de luvas — algo que pode muito bem ter acontecido —, estamos falando de R$ 32,5 milhões em um atleta que entrou em campo somente 23 vezes ao longo de seus quatro anos de contrato.

É como se os cofres são-paulinos tivessem desembolsado R$ 1,4 milhão cada vez que Orejuela entrou em campo, podendo esse valor ser um pouco menor, dependendo de quanto dos vencimentos foram bancados pelos quatro clubes a que ele foi emprestado no período.

O mais bizarro é que a quantia paga ao Cruzeiro correspondia a algo muito próximo do que o clube devia naquele momento a Daniel Alves, que ocupava a mesma posição. Em meio a tais atrasos, o futuro condenado por estupro acabou acertando uma rescisão de contrato apenas cinco meses depois, passando a receber mais de R$ 400 mil reais por mês, um pagamento que deverá ser feito até o fim do ano que vem.

Em sua primeira entrevista como atleta são-paulino, o lateral disse estar realizando um sonho. “Já estou no Brasil há dois anos, e isso ajuda muito na adaptação”, disse. “Eu estava ansioso por este momento, de vestir esta camisa, e por chegar aqui. Todos os dias, eu ligava para o meu empresário, para saber como andava a negociação. A torcida pode esperar sempre o máximo de mim, porque sempre vou tentar fazer coisas boas em campo. Quero conquistar o meu espaço e dar o meu melhor todos os dias.”

O início não poderia ter sido melhor, marcando um gol logo aos quatro minutos de sua primeira partida, um empate por 1 a 1 com o Rentistas, do Uruguai, em Montevidéu, pela Libertadores. Só que Orejuela não conseguiu se firmar no time do técnico Hernán Crespo. Primeiro, por causa de uma entorse no joelho esquerdo que atrasou sua estreia, mas depois por deficiência técnica. Suas convocações para jogos ficaram cada vez mais raras, passando a ser a terceira opção em sua posição, atrás de Daniel Alves e Igor Vinícius.

Mesmo quando Daniel Alves deixou o clube, em setembro, o colombiano não pôde se aproveitar disso para ganhar espaço, pois estava afastado, com dores no joelho esquerdo que o tirariam de oito compromissos.

Voltou como titular, numa situação desconfortável: é verdade que Igor estava indisponível, mas o empresário de Orejuela tinha feito pressão pública sobre Crespo para escalá-lo no 11 inicial.

Pouco depois, o treinador foi demitido, e seu sucessor, Rogério Ceni, escalou o então camisa 20 como titular logo em seu primeiro jogo no comando. Mas ele não começou jogando mais do que cinco partidas seguidas, sendo relegado novamente ao banco e, posteriormente, aos trajes civis, a ponto de Ceni preferir improvisar Gabriel Sara no setor a contar com Orejuela.

Para 2022, o atleta foi emprestado ao Grêmio, clube onde tinha feito uma boa passagem dois anos antes, também por empréstimo, mas as esperanças de que ele pudesse recuperar seu futebol rapidamente acabaram, a ponto de os gaúchos o devolverem antes do prazo.

Veio novo empréstimo, para o Athletico-PR, também sem sucesso. De volta ao Tricolor para 2023, acabou tendo chances no início da temporada, graças às lesões de Igor Vinícius, Moreira e Rafinha, deixando-o como única opção para a lateral direita.

Más atuações contra Portuguesa e Corinthians tornaram o colombiano alvo de críticas de parte da torcida. Nessa última partida, Ceni até reconheceu tê-lo substituído devido às vaias que o lateral tinha recebido no primeiro tempo.

“O Orejuela tem que ganhar confiança”, avaliava. “Ele tem capacidade, potencial e força, mas às vezes erra um lance bobo, e o torcedor já vem com o passado, logicamente. (Mas) ele tem a capacidade para exercer a função.”

Já na partida seguinte, contra o Santo André, ele deu uma resposta, fazendo aquela que talvez seja a melhor de suas 23 partidas com a camisa tricolor, salvando as duas melhores chances que o adversário teve de abrir o placar.

Entretanto, antes de os outros três laterais-direitos se recuperarem, foi a vez de o próprio Orejuela se machucar. Ao retornar, permaneceu na reserva e depois deixou de ser relacionado, devido à volta de Rafinha. Em junho, foi emprestado ao Ceará, mas não chegou nem a entrar em campo, pois surgiu a oportunidade de defender o Independiente Medellín, de seu país-natal, também por empréstimo. Lá, ele jogou bem, mas, sem um acordo para ficar em definitivo, acabou devolvido em setembro do ano passado.

Passou o restante do segundo semestre treinando com o elenco, mas sabendo que não seria nem inscrito para os torneios em disputa. Em 2025, não chegou a treinar no CT da Barra Funda nem mesmo separadamente. Agora, com o fim de seu contrato, poderá continuar a carreira em outro lugar.

Saiba mais sobre o veículo