Fussball Brasil
·13 de setembro de 2024
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O Borussia Mönchengladbach inicia mais uma temporada, mas com expectativas antigas, tendo em vista a ascensão que colocou o clube entre os mais promissores da Europa entre 2018 e 2021. O principal foco do clube é afastar a grande crise interna enfrentada no período pós-pandemia, para tentar se restabelecer no topo da Bundesliga.
Após a campanha histórica na Champions League de 20/21, é inegável que os Potros sofreram uma grande desilusão ao tentar equilibrar objetivos, manter seu elenco e preservar a competitividade. Houve saídas de jogadores fundamentais como Matthias Ginter, Ramy Bensebaini, Denis Zakaria, Jonas Hofmann, Marcus Thuram, Breel Embolo e as inesperadas perdas de Yann Sommer e Lars Stindl. Ficou evidente a dificuldade de ir ao mercado para repor jogadores do mesmo nível, especialmente pelo baixo retorno financeiro obtido com a venda desses jogadores, já que grande parte deixou o Gladbach a custo zero ou então vendido abaixo do valor de mercado devido ao tempo contratual, questão que teve a influência do ex-diretor esportivo Max Eberl, hoje no Bayern de Munique, em seus últimos momentos como dirigente do Borussia.
Ao longo dos últimos quatro anos, quatro treinadores diferentes trabalharam no pentacampeão alemão: Marco Rose, Adi Hütter, Daniel Farke e, atualmente, Gerardo Seoane. E ao analisar o projeto esportivo do Gladbach, é indiscutível que ele foi muito mais marcado por rupturas do que por continuidades, tanto em relação a figuras internas e políticas do clube quanto às saídas dos jogadores citados anteriormente. Isso exigiu criatividade financeira para a renovação do elenco, que ainda está em curso, juntamente com novas contratações.
A ingrata missão de projetar uma temporada para um clube de futebol traz algumas obviedades para o Borussia Mönchengladbach. Uma delas é como seguir em frente após contratar técnicos que tiveram campanhas de destaque em rivais, mas que, ao assumirem o comando do time, viram as colocações na tabela da Bundesliga, após a 34ª rodada, serem as mais baixas em uma década. A construção de um time competitivo vai além dos onze titulares, independentemente da qualidade da equipe, e o Borussia é um dos clubes que mais sabe lidar com esse processo e não pode esquecer de como fazê-lo.
Pode-se questionar se a decisão de manter Gerardo Seoane após a 14ª colocação na Bundesliga foi coerente ou justa, mas o clube optou por seguir um caminho pouco habitual nos últimos anos: a continuidade. Dentro de campo, as contratações de Julian Weigl, Jonas Omlin e Ko Itakura, que logo se tornaram capitães da equipe, junto às aquisições complementares de Franck Honorat, Robin Hack, Philipp Sander, Kevin Stöger e Tim Kleindienst, mostram que o Gladbach busca novas lideranças e jogadores mais prontos, diferentemente do perfil de contratações que vinha adotando nesse processo de retorno à competitividade.
No entanto, o clube está longe de fechar as portas para jogadores mais jovens: "Jogadores como Luca Netz, Joe Scally e Rocco Reitz precisam de jogadores experientes ao seu lado, que os orientem", disse Roland Virkus, diretor esportivo do clube, sendo claro sobre as transferencias e objetivo do clube na temporada: "No que diz respeito ao elenco, trouxemos jogadores experientes. São exatamente esses que precisamos para poder desenvolver os jovens jogadores [...] Eles trazem liderança em diferentes posições e poderiam ter ido para outros clubes. Mas eles escolheram o Borussia e querem ajudar a nos levar de volta para a metade superior da tabela. Não quero citar uma posição específica na tabela. Mas para mim, está bem claro que o Borussia Mönchengladbach pertence à metade superior da tabela. Ficar entre os dez primeiros deve ser o objetivo. E queremos vencer mais jogos e sofrer menos gols – falar menos e agir mais."
A temporada 2024/25 do Borussia Mönchengladbach se apresenta como um ponto de virada crucial para o clube. Apesar da derrota, o jogo de abertura da Bundesliga contra o Bayer Leverkusen revelou aspectos importantes que podemos esperar desta equipe. Sendo eles, a maior resiliência da equipe em momentos difíceis, a competitividade dentro do elenco e as boas aparições das novas contratações, que devem ser a referência do time ao longo do ano. Os próximos meses mostrarão como o Gladbach pode se desenvolver. Espera-se uma mobilização por parte do elenco, mas também há uma pressão interna para demonstrar que as escolhas recentes, envolvendo Gerardo Seoane e Roland Virkus, foram corretas. Ambos precisam mostrar que podem lidar com e superar as adversidades ao longo da temporada, a partir deste ponto o Gladbach poderá almejar vôos maiores na temporada.
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