Nosso Palestra
·29 de setembro de 2024
Nosso Palestra
·29 de setembro de 2024
O futebol é a grande paixão das nossas vidas por uma série de motivos, e não sabemos ao certo quais são eles, né? Os sentimentos se misturam, se confundem e se complementam, mas uma coisa é certa: nesse esporte, temos heróis, temos pessoas que ganham nosso coração e esse amor vai muito além do racional.
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Ter um ídolo é acreditar nele como um super herói, alguém que não vai falhar, que não vai errar e que não vai se ausentar quando tudo ruir, mas a notícia ruim é que eles erram, e é justamente nessa hora que ser fã é ter a fé inabalável de que, apesar de tudo, ainda vale a pena confiar.
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Nesse meio tempo, a gente se enche de dúvida, e com razão, porque o racional começa a cobrar alguns preços, mas é saboroso (e perigoso) seguir confiante no que as emoções apontam. A mim, que escrevo para vocês, Dudu sempre foi o sujeito do futebol que poderia usar o martelo do Thor ou a capa do Superman, porque, na minha cabeça, era ele quem resolveria os problemas.
Nos últimos 10 meses, aconteceu de tudo com o nosso querido camisa 7, menos coisas boas. Contusão, quase saída, uma sensação de traição, arrependimento, retorno, exclusão, maus jogos, falta de futebol – exceto o hábito de salvar o dia, que tanto aprendemos a esperar. Quando Abel o chamou ao jogo, ontem, tudo ia mal, sob perigo, e ele precisou de 2 toques na bola para alterar nossa sorte.
Se esse é o novo Dudu, se ele voltará a ser o mocinho da história, eu realmente não sei dizer pra vocês, mas viver uma noite assim é um conforto, é um carinho. Pra ele, tenho certeza, é um alívio e também esperança. Pra mim, é lembrança, é aquela fé que tanto verso sobre, de que alguém vai aparecer e salvar todos nós. Que coisa boa, Dudu, foi te ver como nos outros anos todos.
Talvez agora o traje do Homem de Ferro não te sirva mais ou a máscara do Batman fique desajustada no rosto, mas eu tenho certeza que o coração dos grandes nunca deixa de ser grande. Certa vez, num quadrinho velho e hoje já amarelado, li Bruce Wayne dizer que ‘o corpo muda, o tempo também, mas o caráter de vitória segue vivo até mesmo depois da morte’. Um viva ao Palmeiras; e ao Dudu, do Palmeiras.