Hugogil.pt
·14 de novembro de 2024
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Orkun Kökçü em entrevista ao TRT Spor: “Houve ofertas da Premier League, Bundesliga e Serie A, mas o Benfica foi muito insistente. No final da temporada, no Feyenoord, fomos campeões e fui eleito o Jogador do Ano. A meio, já tínhamos começado a negociar transferências com vários clubes. Quando percebi que o Benfica estava seriamente interessado, discuti isso com a minha família. Em vez de ficar no banco em Inglaterra, decidi ir para o Benfica, pensando que poderia jogar regularmente
Na época passada, estava aqui sozinho, desejava que viesse alguém da Holanda ou da Turquia, mas ainda bem que veio o Kerem. Estamos a harmonizar-nos como personalidades. Foi bom para mim e reflectiu-se no meu desempenho. Acelerou o processo de adaptação do Kerem.
Cheguei cá com 22 anos e tinha vivido com a minha família até aí. Então, tive muitas dificuldades. Por causa da comida e das limpezas. A minha mãe e o meu pai tentavam vir cá todos os fins-de-semana e ajudaram-me. Passei tempos duros nos primeiros meses, mas depois ficou tudo mais fácil.
Tenho algum ressentimento com os media turcos. Apesar de ter sido bem sucedido, não fizeram muitas notícias sobre mim. Fui nomeado jogador do ano, mas nunca falaram de mim. É estranho para mim que subestimem a liga holandesa. Acho que sou mais valorizado na Holanda. As pessoas ficam magoadas quando não recebem a atenção que os outros recebem. Faço o meu melhor. Tornei-me campeão na Holanda ainda jovem, tornei-me o jogador de futebol do ano, nunca se falou nisso.
Durante algum tempo, a minha transferência para o Besiktas esteve na agenda. Eu estava nos sub-19 do Feyenoord. Prometeram-me ir para a equipa principal, mas não cumpriram. Fiquei muito zangado. Liguei ao meu pai e disse que queri ir. Mas o Besiktas achou que 1 milhão de dólares era demasiado.
Arne Slot é como um pai. Tornou-me quem eu sou. É o melhor treinador do Mundo. Ele impulsionou o meu desempenho na sua primeira temporada. Chegámos à final da Liga Conferência, mas perdemos. Alguns dos clubes do top 6 de Inglaterra estiveram interessados em mim e houve negociações sérias, mas a transferência não aconteceu. Na época seguinte, ele nomeou-me capitão e essa responsabilidade aumentou o meu desempenho.
No meu último ano no Feyenoord, deram-me uma bebida energética durante o Ramadão porque eu estava em jejum durante os jogos. Deram-me uma bebida logo de manhã, algo para me dar energia instantânea. Bebi aquilo e meia-hora depois o meu coração começou a bater demasiado rápido, senti o meu corpo todo com cãibras. Pensei que ia morrer ali.
Tive dificuldade para dormir durante 4 ou 5 meses. Recebi apoio psicológico para superar o trauma e fiz a peregrinação a Meca”.