Calciopédia
·09 de março de 2023
Calciopédia
·09 de março de 2023
Tottenham e Milan se enfrentaram nesta quarta-feira, 8 de março, em partida válida pelas oitavas de final da Champions League. Após a vitória do Milan por 1 a 0 no jogo de ida, o time italiano foi à Inglaterra e jogou por uma classificação que não acontecia desde a temporada 2011-12.
As duas equipes foram escaladas sem grandes surpresas: o Tottenham foi para a partida com os três zagueiros habituais de Antonio Conte, enquanto o Milan contou com Junior Messias fazendo a ala direita e Thiaw no centro da zaga, como tem sido comum nas últimas partidas.
Formações iniciais
Ao se defender em um bloco mais baixo, o Milan tinha como plano de jogo se defender com uma linha de cinco na retaguarda, sendo importante o papel de Junior Messias na recomposição pela direita, acompanhando o ala esquerdo do Tottenham, Perisic. Pelo centro, Brahim Díaz recuava para auxiliar Tonali e Krunic, que se deslocavam lateralmente de acordo com o setor da bola.
Junior Messias em fase defensiva (BT Sport 1/editada)
No cenário do primeiro tempo, o Milan teve a agressividade na marcação como seu ponto forte, independentemente da altura em que defendia – recuando para proteger sua área ou subindo para pressionar a saída de bola adversária. O trio de zaga, em especial, esteve concentradíssimo e bastante atuante ao pressionar os atacantes do Tottenham, evitando que recebessem a pelota de frente para o gol de Maignan e dificultando a progressão das jogadas inglesas. Como consequência dessa marcação, o Tottenham registrou grande parte dos seus toques no campo defensivo.
Pressão defensiva (BT Sport 1/editada)
A agressividade imposta pelo Milan significou que o Tottenham teve muita dificuldade ao construir suas jogadas: com Kane limitado por Thiaw e os dois alas sempre bem vigiados, as melhores oportunidades do time londrino aconteceram em raras jogadas de transições rápidas, quando o próprio Milan perdeu a posse de bola no campo ofensivo.
Transições ofensivas do Tottenham (BT Sport 1/editada)
O Milan, por outro lado, obteve maior sucesso ao construir pelo centro, ainda que também não tenha criado grandes chances, sempre utilizando um jogador como apoio, recebendo a bola de costas, e outro para atacar em profundidade.
Exemplo de ataque construído pelo Milan (BT Sport 1/editada)
Ainda no início do segundo tempo, as primeiras alterações aconteceram: Pedro Porro entrou na vaga de Perisic, deslocando Emerson para a ala esquerda, e Saelemaekers tomou o lugar do Messias. As mecânicas ofensivas continuaram as mesmas e o Milan seguia restringindo bem os ataques ingleses.
A partir de um bloco mais baixo, o Milan apostou em transições rápidas buscando seus atacantes, mas sofreu uma pressão contínua do Tottenham por alguns minutos, quando Giroud e Rafael Leão não conseguiam mais reter a bola no campo de ataque e ela voltava rapidamente.
Giroud pressionado por quatro jogadores (BT Sport 1/editada)
No entanto, bastou uma escapada de Hernandez pela esquerda, após bom lançamento de Maignan, e Romero foi expulso, dificultando ainda mais o trabalho da equipe da casa. A superioridade numérica em campo significou mais espaço para o Milan atacar e o time italiano teve várias boas oportunidades em transições ofensivas, embora não tenha sido capaz de convertê-las.
Oportunidades criadas pelo Milan (BT Sport 1/editada)
As chances desperdiçadas pelo ataque poderiam ter custado caro, mas, de maneira geral, o Milan dominou a eliminatória e mereceu sua classificação. Num momento em que Giroud e Rafael Leão não atravessam suas melhores fases do ponto de vista técnico, a defesa tem respondido muito bem e oferece uma solidez que o time tinha perdido durante o mês de janeiro. De volta aos estágios finais da competição, depois de uma longa ausência, o Diavolo se permite sonhar por mais tempo.