Jogada10
·28 de abril de 2025
Passagem de Diniz pelo Vasco ficou marcada por ‘não acesso’; relembre

Jogada10
·28 de abril de 2025
Favorito a assumir o Vasco depois da saída de Fábio Carille, no último domingo (27), após derrota para o Cruzeiro, o técnico Fernando Diniz já teve uma passagem por São Januário. Antes mesmo de ganhar a Libertadores pelo rival Fluminense, em 2023, o comandante assumiu o Cruz-Maltino num período pré-SAF com uma clara missão: levar o time de volta à Série A.
Afinal, sua ida se deu em 2021, sucedendo Lisca. Na ocasião, o Vasco estava pela quarta vez disputando a Série B e se via em situação complicada após 23 rodadas. No entanto, a missão não foi concluída por Diniz. Relembre com o Jogada10 sua passagem pela Colina.
Fernando Diniz estreou na 24ª rodada, em 16 de setembro, empatando em 1 a 1 com o CRB, em Maceió (AL). À época, o Cruz-Maltino surgia apenas na décima colocação, com 32 pontos – oito a menos que o próprio time alagoano, quarto colocado. Assim, a dura missão do comandante era de devolver o Vasco, que vivia profunda crise financeira/administrativa, para a primeira divisão.
A sua segunda partida foi contra o Cruzeiro, em São Januário. O jogo marcava o retorno da torcida ao estádio após mais de um ano atuando com portões vazios por conta da pandemia da Covid-19. Houve outras peculiaridades no confronto, aliás.
Afinal, marcava também a reestreia de Nenê pelo Vasco, com o jogador anotando o gol cruz-maltino no empate em 1 a 1. O Gigante da Colina faria 2 a 0, com Getúlio, mas o VAR anulara o gol por toque de mão de Gabriel Pec na origem da jogada. No entanto, a TV Globo, que transmitia ao vivo o duelo, não capturou a anulação do gol, anotando no placar virtual o 2 a 0.
O Cruzeiro, valente, chegou ao empate aos 45+4′ da etapa final, com os jogadores celebrando muito. Quem estava em casa, porém, acreditava se tratar de um gol de honra. Após o apito final, o repórter de campo, enfim, informou que o segundo gol do Vasco fora anulado e o jogo terminara em empate, causando um grande constrangimento na transmissão.
Diniz em seu primeiro jogo em São Januário pelo Vasco – Foto: Rafael Ribeiro / Vasco
Depois disso, porém, Diniz emplacou três vitórias seguidas. Venceu o Brusque fora de casa (1 a 0), bateu o Goiás em casa (2 a 1) e, por fim, o Confiança, também longe de São Januário (2 a 1). Na 29ª rodada, no entanto, conheceu sua primeira derrota: 1 a 0 para o Sampaio Corrêa, no Maranhão.
Após vencer o Coritiba por 2 a 1, em casa, pela 30ª rodada, o caminho parecia pavimentado, com o Vasco na sexta posição com apenas quatro pontos de distância do Avaí, quarto colocado. Desde então, porém, nenhuma outra vitória. Contra o Náutico, fora de casa, pela 31ª rodada, o time abriu 2 a 0 e viu o fantasma de sofrer um empate mesmo com boa vantagem se repetir. Com muitos problemas defensivos, a equipe cedeu o 2 a 2, entrando em uma espiral negativa.
Afinal, perdeu em casa na rodada seguinte para o CSA (3 a 1) e viu as chances de acesso diminuírem. Depois, derrota dolorosa por 1 a 0 para o Guarani, fora de casa, no que poderia ser o jogo para se afirmar na luta pelo acesso. Germán Cano, porém, perdeu pênalti na reta final do duelo, e Pablo Diogo, no minuto seguinte, fez o gol da vitória do Guarani por 1 a 0.
Assim, o Vasco já chegou com os pontos entregues para receber o campeão Botafogo em São Januário: 4 a 0 para o Glorioso e vexame em casa. Na rodada seguinte, novamente em seu estádio, perdeu por 3 a 0 para o Vitória, no que foi o último compromisso de Diniz pelo clube. Foram quatro vitórias, três empates e cinco derrotas nos 12 jogos, com apenas 41,6% de aproveitamento.
Agora, quatro anos depois, o técnico, favorito do presidente Pedrinho para assumir o cargo, pode chegar com outro status. Depois dessa passagem, foi campeão da Libertadores e Recopa pelo Fluminense, além de ser atual vice-campeão da Sul-Americana (pelo Cruzeiro), competição que o Cruz-Maltino disputa e sonha em vencer, chegando até mesmo à Seleção Brasileira.