MundoBola Flamengo
·26 de março de 2025
Paulo Nunes exalta Maestro Júnior e explica saída do Flamengo

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·26 de março de 2025
Formado no Flamengo, Paulo Nunes exaltou a geração da base no início dos anos 90, assim como a influência de Maestro Júnior no amadurecimento da equipe. Além do "Diabo Loiro", Djalminha, Marcelinho Carioca, entre outros, fizeram parte dos talentos do clube na época.
Em entrevista ao "Charla Podcast", o ex-jogador falou sobre o histórico time vencedor da Copinha de 1990. Paulo Nunes enalteceu equipe campeã em diversas categorias na base, lembrando o fato da Nação Rubro-Negra lotar o Maracanã nas partidas. O atual comentarista fez um agradecimento especial a uma pessoa durante seu tempo no clube.
"Falando sobre esse time, a gente não pode esquecer nunca de agradecer o Maestro Júnior. Porque a gente fez muita loucura, mas se não fosse Maestro, a gente ia fazer muito mais. Ele ajudou a gente a se controlar, a segurar, a puxar a rédea. Parecia que a gente era dessa atualidade agora, lá em 90. Então, assim, a galera era forte, era pra frente", disse Paulo Nunes.
Segundo o comentarista da Globo, apesar de bons nomes da base, muitos jogadores não conseguiam jogar. Na visão de Paulo, alguém tinha que abdicar das próprias características em prol da equipe, no caso, ele era este atleta, enquanto Djalminha e Marcelinho não recebiam oportunidades. O ex-atacante completou sobre os momentos de dificuldades da equipe:
"Quando tinha alguma coisa errada no clube, caía em cima dos garotos. Então, como a gente tinha uma personalidade muito forte e eu sempre digo que quando as coisas acontecem, não só de um lado, eu nunca sou esse cara que fala assim 'os caras mandaram errado', não, a gente também teve a nossa parcela de culpa nessa relação. A gente cobrava muito e exigia muito da direção", afirmou o ex-jogador.
Um dos primeiros acontecimentos no clube que levou a boa geração de 90 "ruir" no Flamengo foi a briga entre Djalminha e Renato Gaúcho. Na ocasião, o atacante e o meia discutiram em um Fla-Flu no estádio Caio Martins.
Paulo Nunes relembrou a discussão dos jogadores e brincou sobre não ter acontecido uma briga no vestiário. Segundo o comentarista, Djalminha e Renato ficaram apenas discutindo um em cada lado do vestiário.
"Mas aí teve uma reunião no outro dia. Chamaram o Djalma e o Renato. E aí mandaram o Djalma embora e o Renato ficou. Aí primeiro que falou foi o Evaristo, depois o diretor do Flamengo. E perguntaram: 'E aí alguém quer falar?'. Pô, lá tinha Renato, Júnior, Gottardo, Gilmar, mas quem levanta o dedo para falar? Paulo Nunes", disse o comentarista.
Paulo Nunes, na época com 20 anos, afirmou que não tinha que mandar ninguém embora, pois era uma discussão de campo. Com personalidade, disse que se Djalminha fosse mandado embora, Renato Gaúcho também deveria ter ido.
"Se for assim, eu quero sair. O Evaristo falou: 'Ah, é? Você quer sair? Amanhã você já vai embora então' Aí o Maestro foi lá conversar com ele e disse 'Não, comigo não. Quer pagar de galo? Vai embora' Meu irmão, mas achei que fosse só ali na discussão. No outro dia, a direção já me chama e fala assim: Primeiro, o Flamengo vai fazer o time dos sonhos e você não vai ter espaço aqui. O Evaristo não quer trabalhar com você", revelou Paulo Nunes.
O ex-Flamengo afirmou que optou por se transferir ao Grêmio devido ao clube gaúcho ter disputado a Copa Libertadores no ano. Pelo Rubro-Negro, Paulo Nunes jogou 155 partidas e marcou 34 gols.
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