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·07 de maio de 2020

Platense: o clube argentino que mais escapou do rebaixamento

Imagem do artigo:Platense: o clube argentino que mais escapou do rebaixamento

Um dos grandes pesadelos dos clubes de futebol é o temido rebaixamento. Deste modo, existe apenas um seleto grupo que nunca caiu em todo o mundo. No entanto, no dia 6 de maio completa-se 33 anos de um dos jogos históricos do Platense, diante do Temperley ganhou por 2 x 0. Assim, essa foi uma das 10 vezes que a equipe se livrou do descenso, sendo, com isso, a que mais escapou da 2ª divisão na história do futebol argentino.

A coluna Catimbando trás essa semana a história de um clube que mais vezes escapou do rebaixamento no futebol argentino. Além disso, foi um dos fundadores da Liga em 1931. Assim, deixou seu nome marcado no futebol argentino e busca dias melhores para voltar a figurar entre os grandes na Superliga Argentina.


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O JOGO

O Temperley ficou em casa no 1-1 com o Rosário Central que o salvava do rebaixamento. Entretanto, a penúltima rodada do Campeonato reservou uma surpresa, o Platense enfrentou o River Plate, no Monumental de Núñez. Contudo, o jogo estava 2 x 0 para os donos da casa, porém em 25 minutos o clube visitante reverteu para 3 x 2.  Assim, muitos acharam suspeito a virada repentina com um hat-trick de Miguel Ángel Gambier . Deste modo, a partida decisiva seria disputada em seu estádio Vicente López.

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AS FUGAS DOS ANOS 70

Nos anos 70, o clube escapou três anos seguidos (1977, 78 e 79). Entretanto, em 77,  a situação estava até razoavelmente tranquila, mas perdeu 13 jogos seguidos. E previa-se o rebaixamento de três times, chegando na última rodada com uma vaga restante e com Lanús e Platense (38 pontos) e Racing (39). Deste modo, o Tense perdeu o confronto direto e o Granate também. Dessa maneira, houve um jogo desempate entre os dois e terminou 0 x 0, levando a disputa interminável para os pênaltis. O goleiro Oscar Miguelucci termina como herói, após ser acusado de entregar o jogo contra o Racing. O Lanús retornou somente na década de 90

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Em 1978, na penúltima rodada, o Platense somava 26 pontos e o Banfield, 29. No entanto, na época a vitória valia dois pontos. Entretanto, o empate beneficiaria o visitante que o manteria na elite. O Platense venceu por 2 x 1 e outro goleiro marrom defende o pênalti de Roberto Del Prete. Assim, na última rodada o El Talandro folga e acaba com o descenso, retornando em 1988. O Tense vence o Chacarita por 1 x 0, mantendo-se na elite.

No ano de 1979, o campeonato foi dividido em dois grupos com dez times, os dois últimos de cada disputariam o quadrangular final. Assim, só o líder escaparia Platense, Gimnasia LP, Atlanta e Chacarita duelaram em turno e returno. Assim, o Tense empatou em 0 x 0 o primeiro jogo e venceu os outros cinco. Chacarita e Atlanta deixam de disputar frequentemente a primeira e Gimnasia retorna em 1985.

AS FUGAS DOS ANOS 80

Em 1980, o clube surpreende e termina em terceiro lugar, um ponto atrás do Argentino Jrs de Maradona. Entretanto, o drama voltou em 1981, porém não foi até a rodada decisiva para definir o rebaixado. Assim, terminou somente três pontos a frente do San Lorenzo, primeiro grande a cair. Em 1982, só um ponto separou o 13º até o rebaixado em 18º, que foi o Quilmes. O Platense fica nesse nesse meio no 14º lugar.

Uma novidade para o ano de 1983 é o promedios (soma das últimas três temporadas definindo o rebaixado). Sendo assim, a campanha feita no início do ano, o clube vai aos mata-matas do Torneio Nacional, caindo nas quartas justo para o Temperley, o clube termina na 11º posição no campeonato argentino. Deste modo, salvando-se na última rodada com o rebaixamento do Racing.

Em 1984, Platense faz outra campanha razoável no Metropolitano, um 12º lugar. Mas os promedios continuam pesando contra e a salvação precisa de novo esperar a penúltima rodada. Caíram o Atlanta, que até hoje não voltou a elite, e Rosário Central, campeão nacional apenas quatro anos antes.

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Em 1985, o Metropolitano foi alinhado com a temporada europeia terminando só em 1986. No entanto, a equipe vai mal e fica em antepenúltimo lugar e pesa o promedios. Nas rodadas finais pegou o rival Argentino Jrs e perdeu por 2 x 0, San Lorenzo, Independiente e River, acabou se salvando pelos anos anteriores e o Huracán caiu.

Em 1986/1987 foi a história contada no começo da coluna. O Temperley esperou, mas teria sua vingança em meados de 2014, quando os dois na terceirona fariam uma final pelo segundo acesso. Os celestes levaram nos pênaltis e até subiram em seguida à elite, beneficiados com os dez acessos premiados no fim daquele ano. Em 1987/1988, embalo dos jovens Alfaro Moreno e Marcelo Espina, fizeram uma boa campanha que compensa o péssimo promedio, terminando em 10º lugar, três pontos atrás do 6º.

MOMENTOS ANOS 90

Nos anos seguintes o rebaixamento não assustou tanto, por conta dos promedios, realizando até boas campanhas nos anos 90. Assim, em 1998/1999 o clube finalmente caiu e nunca mais votou a elite, teve um lampejo em 2007 mas não conseguiu vencer a final de acesso diante de seu rival Tigre.

ARGENTINO JRS

Platense tem como principal rival o Tigre, o clássico da zona norte, clubes populares da grande Buenos Aires. Já o Argentino Jrs tem o All Boys. Contudo, os Calamares coincidiu com a ausência do El Matador de Victoria, só em um momento na década de 80 que figurou na elite, ficando nas divisões inferiores entre 1959 e 2007. Já o Argentino Jrs também passou o mesmo com seu rival, disputado seguidamente no amadorismo, na segundona entre os anos 30 e 50 e na elite dos anos 70.

Assim, com o rivais não disputando a elite, o Tense e Bicho foram os clubes mais próximos e foi criado a rivalidade, pois a nova geração de torcedores do Tigre, não conhecia a história e atualmente pelos duelos nas divisões inferiores com o Chacarita, foi alimentado esse confronto.

Foto Destaque: Reprodução/ Site Futebol Portenho

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