Stats Perform
·17 de julho de 2021
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Preste a estrear nos Jogos Olímpicos com a seleção brasileira feminina, Marta, novamente fez um gesto silencioso e ao mesmo tempo grandioso, quando decidiu tampar o símbolo da Nike sutilmente com seu cabelo quando pousou para as fotos oficiais do torneio.
A luta pela igualdade no futebol feminino de Marta já dura alguns anos. Em 2019, ao se tornar a maior artilheira da história das Copas do Mundo, a brasileira surpreendeu a todos ao mostrar sua chuteira que pedia igualdade de gênero, isto porque, ela recusou todas as propostas das marcas esportivas por considerar que os valores não estava de acordo e ainda aproveitou para lançar sua própria "marca" de chuteiras, utilizadas até hoje.
A craque brasileira considera que os valores oferecidos para as atletas do futebol feminino são considerados muito abaixo em comparação com atletas do futebol masculino. Ela deixa claro que a luta não se trata apenas de dinheiro, mas sim pela igualdade de gênero. Por isso Marta está sem contrato com fornecedoras de material esportivo desde julho de 2018.
Ao "cobrir" o símbolo da fornecedora dos materiais esportivos da seleção brasileira nas fotos, a jogadora passa o recado que não concorda com a desigualdade entre atletas do futebol masculino e feminino, além da desigualdade dos contratos de patrocínio e de contratos de trabalho.
Para os Jogos Olímpicos de Tóquio, Marta confirmou que pretende utilizar a mesma chuteira com a sigla "Go equal" e ainda manter a mensagem de igualdade no esporte que vai além de dinheiro.
"Estou usando a mesma chuteira. Com o mesmo símbolo, o ''Go equal''. E continua sendo uma opção minha. Não é só pelo dinheiro em si. É toda uma história. Mas muitas vezes, os contratantes da patrocinadora não enxergam por esse lado. É um conjunto de coisas para a minha decisão. E posso ver que, por outro lado, isso ajudou outras atletas." disse Marta, ao GE.
Eleita seis vezes a melhor do mundo, a brasileira tenta trazer o ouro olímpico para o Brasil e ainda lutar pela igualdade no esporte, já que ela entende que a mensagem que ela tentou passou em 2019 não surtiu efeito que ela esperava.
O Brasil entra em campo na próxima quarta-feira (21), às 5h da manhã (de Brasília), contra a China. No mesmo grupo da seleção brasileira ainda estão Holanda e a Zâmbia nas Olimpíadas de Tóquio.