
Gazeta Esportiva.com
·18 de março de 2025
Presidente da Conmebol diz que Libertadores sem brasileiros seria como “Tarzan sem Chita”

Gazeta Esportiva.com
·18 de março de 2025
Alejandro Domínguez, presidente da Conmebol, foi perguntado sobre o que seria da Libertadores sem equipes brasileiras. O mandatário respondeu que “isso seria como o Tarzan sem a Chita, impossível”. Fazendo referência ao personagem Tarzan, que possui a chimpanzé Chita como companheira.
A frase foi dita pelo executivo nesta segunda-feira, após o sorteio dos grupos da Libertadores de 2025, em Assunção, no Paraguai. No evento, Alejandro Domínguez deu um discurso sobre o caso de racismo envolvendo Luighi, jogador sub-20 do Palmeiras.
“Não posso seguir sem falar de racismo, um problema muito grande que o futebol enfrenta. Gostaria também de abordar uma questão que nos desafia como organização. O racismo é um flagelo que não tem origem no futebol, mas na sociedade. Mas, afeta o futebol. A Conmebol é sensível a essa realidade. Como poderia não ser à dor do Luighi. Nosso desafio é estar junto daqueles que não são responsáveis por esses atos. A Conmebol aplica sanções e faz tudo o que está ao seu alcance para mudar essa realidade, mas isso não é suficiente”, disse Domínguez durante a cerimônia.
A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, não compareceu ao sorteio como forma de protesto pela falta de medidas duras para combater o racismo. Como pena ao Cerro Porteño, a Conmebol aplicou uma multa de US$ 50 mil (cerca de R$ 290 mil na cotação atual), portões fechados e medidas educativas em campanha nas redes sociais.
Leila chegou a sugerir que os clubes brasileiros troquem a Conmebol pela Concacaf (que une países da América do Norte, América Central e Caribe) já que o órgão que controla o futebol brasileiro não aplica medidas rígidas que combatam o racismo.
A comparação de Domínguez não repercutiu bem, tanto que o dirigente formalizou um pedido de desculpas. “Em relação às minhas declarações, quero expressar minhas desculpas. A expressão que utilizei é uma frase popular e jamais tive a intenção de menosprezar nem desqualificar ninguém. A Conmebol Libertadores é impensável sem a participação de clubes dos dez países membros. Sempre promovi o respeito e a inclusão no futebol e na sociedade, valores fundamentais para a Conmebol. Reafirmo meu compromisso de seguir trabalhando por um futebol mais justo, unido e livre de discriminação”.