Gazeta Esportiva.com
·20 de abril de 2024
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Neste sábado, o Santos estreia na Série B do Campeonato Brasileiro, contra o Paysandu, na Vila Belmiro. O jogo será especial para o experiente Robinho. O meio-campista do Papão falou com exclusividade para a Gazeta Esportiva sobre a expectativa do clube paraense para a disputa da liga.
O jogador de 36 anos chegou ao Paysandu em meados de 2023, com a missão de ajudar o clube a voltar para a Segunda Divisão. Robinho cumpriu o objetivo e não escondeu a sua alegria em defender a equipe, que se consagrou campeã do Paraense após vencer o Remo na grande final.
“Está sendo muito legal, uma temporada muito produtiva. Desde que cheguei ao Paysandu está sendo muito muito legal. Cheguei com o objetivo de levar o time para a Série B, graças a Deus deu certo. Sabemos da dificuldade que é a Série C, o Paysandu já estava lá há cinco anos. Fui contratado para ajudar a subir e deu certo. O Hélio ajudou demais, é um cara multicampeão”, disse à reportagem.
“Agora montamos um time legal, fomos campeões invictos no Estadual. A Copa do Brasil não foi do jeito que queríamos, pegamos um time de Série A logo de cara. Quando perdemos, achamos que estava tudo errado, mas a gente vê a diferença para um time de Série A. Paramos para pensar e vimos que foi uma derrota até válida. Estamos invictos nos Re-pas. Estamos na final da Copa Verde…está sendo muito bom”, completou.
Robinho foi campeão estadual com o Paysandu em 2024 (Foto: Jorge Luis Totti/Paysandu)
Um fator que anima o tricampeão da Copa do Brasil é a oportunidade de trabalhar com o técnico Hélio dos Anjos.
“Eu e o Hélio foi uma coisa muito louca. Nos encaixamos muito rápido. Tivemos um entrosamento muito rápido. Eu entendi muito rápido o trabalho tático que ele gosta e ele entendeu meu estilo de jogo, tentou me complementar. Tivemos um entrosamento muito bom. A chegada dele foi maravilhosa para mim. É um elenco muito bom”, detalhou.
Robinho disputou 14 dos 21 compromissos do Papão na temporada. Ele revelou que teve um começo de ano conturbado, mas agora esta pronto para fazer uma boa campanha na Série B.
“O começo do ano não foi fácil, senti dores na panturrilha, acabei ficando fora de alguns jogos. Depois minha filha nasceu.. perdi cinco ou seis jogos no Estadual. Mas faz parte. Estou feliz com minha filha, que nasceu bem. O Hélio e a diretoria entenderam muito bem isso e me ajudaram. Agora quero ganhar mais ritmo de jogo. É o campeonato que a gente mais esperava. Vamos ter tempo para treinar e temos tudo para fazer uma boa Série B”, contou.
Hoje, o meia de 36 anos se tornou um dos grandes líderes do elenco do Paysandu e tenta ajudar os companheiros a levar a equipe para a elite. Mas, isso não significa que ele tem privilégios, pelo contrário.
“Eu sei que tenho uma liderança muito grande, sou o capitão da equipe. Mas eu tento ser o mais tranquilo possível no dia a dia. Tento não carregar essa carga de liderança, mesmo sabendo que muitas coisas passam por mim”, disse.
“Tento mostrar para os cara que não é um bicho de sete cabeças, que eu não sou diferente de ninguém, faço todos os treinos com todos, não tenho privilégio e nem quero ter. Tento ser o mais tranquilo possível. E temos outros jogadores experientes também”, ampliou.
“Sem dúvidas é um dos maiores desafios da minha carreira. o Paysandu é muito grande. Hoje eu vejo isso. Mas , em certo momento, o Paysandu ficou esquecido. Foram cinco anos na Série C. Lógico que em Belém é muito vivo, mas no cenário nacional fica esquecido. Esse período longe da Série B e Série A atrapalhou muito o clube. É um desafio muito grande. Conseguimos subir para a Série B e consegui ser campeão. Mas o meu maior desafio agora é levar o Paysandu para a Série A. Vamos dar trabalho, pode ter certeza. Vamos fazer uma grande campanha”, completou.
Uma estreia especial
Ainda durante a entrevista para a Gazeta Esportiva, Robinho falou sobre a sua expectativa para reencontrar o Santos. O meia vestiu a camisa alvinegra entre 2008 e 2009 e guarda um grande carinho pelo time da Baixada Santista.
“Eu estava vindo nessa viagem e até estava pensando. Tenho um carinho muito especial pelo Santos. O Santos foi o time que me deu a oportunidade de disputar o meu primeiro campeonato brasileiro. Às vezes eu falo até pouco do Santos, foco talvez um pouco mais no Palmeiras e Cruzeiro. Mas eu tenho um carinho muito grande mesmo. Bati foto com Pelé, joguei com Neymar… Foi um momento muito marcante na minha vida”, contou.
“É um prazer vir aqui de novo, jogar contra o Santos, ir à Vila Belmiro. Fiquei triste com o rebaixamento, então ver que o Santos está se reerguendo é muito gratificante”, completou.
Robinho já enfrentou o Santos 32 vezes ao longo da sua carreira. São 11 vitórias, seis empates e 15 derrotas. O jogador, porém, nunca conseguiu marcar gols contra o ex-time.
“Estou me cobrando já. Não marquei nenhum gol nesta temporada. Isso já está chato, está na hora. E o Santos é o único time grande que não fiz gol. Já dei muitas assistências, mas o gol ainda não e confesso que isso me incomoda um pouco. Mas eu foco muito no time, se vencer está ótimo”, declarou.
O meia colocou o Peixe como o grande favorito para conquistar o título Série B, mas voltou a destacar o seu desejo de sair da Vila Belmiro com pelo menos um ponto.
“O Santos montou um bom elenco, muito rápido. Foi uma melhora muito grande do ano passado. o Santos é o favorito para ser o campeão da Série B. A gente vem confiante, mas com muita humildade. Temos que fazer um jogo muito seguro para vencer. Nosso objetivo é fazer os 45 pontos. Temos que pontuar e precisa começar no sábado. Vamos tentar fazer nosso jogo”, pontuou.
Robinho ainda busca o primeiro gol na temporada (Foto: Jorge Luis Totti/Paysandu)
O Peixe não poderá contar com o apoio de seu torcedor no embate, já que está punido pelo STJD devido às confusões que marcaram a derrota de 2 a 1 para o Fortaleza, pela última rodada da Série A de 2023. São três partidas com os portões fechados e mais três com público parcial.
“Acredito que para o nosso time não. Nosso time está muito acostumado com torcida. Claro que é a nosso favor, mas estamos acostumados com a atmosfera e o barulho do torcedor. Faz diferença. Tem jogador que não rende sem torcida. Não sei como vai ser. Fico triste, queria a Vila lotada, ela é maravilhosa lotada, é lindo de ver. Mas, de alguma maneira, pode nos ajudar”, finalizou Robinho.
Santos e Paysandu se enfrentam neste sábado, ás 16h30 (de Brasília), na Vila Belmiro, pela primeira rodada da Série B do Campeonato Brasileiro.
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