Jogada10
·18 de maio de 2025
Ronaldo critica nova eleição na CBF: ‘Palhaçada’

Jogada10
·18 de maio de 2025
Um dos maiores jogadores da história do futebol, o ex-atacante Ronaldo Fenômeno criticou a iminente eleição na CBF. Dessa forma, ele indicou que o pleito não mudará em nada o panorama nacional. Assim, ele sugeriu que o mais importante é reduzir a influência das federações estaduais na Confederação Brasileira de Futebol.
“Não é novidade o que está acontecendo agora. É um momento terrível e o mais impressionante é que nós não vemos uma luz no fim do túnel. Enquanto o estatuto da CBF for esse em que o poder fica na mão dos 27 presidentes de federações, essa palhaçada vai continuar”, comentou Ronaldo em entrevista à “Band”.
O Fenômeno, vale lembrar, tentou concorrer à eleição para se tornar presidente da CBF. Entretanto, o ex-jogador não conseguiu apoio das federações estaduais, que negaram conversar com Ronaldo e elegeram Ednaldo Rodrigues por unanimidade.
Ronaldo, inclusive, desistiu do último pleito, o que abriu ainda mais caminho para Ednaldo. Inclusive, de acordo com o jornal O Globo, o Fenômeno não irá tentar se candidatar na eleição que está programada para o dia 25 de maio.
Em março, Ednaldo foi reeleito por mais quatro anos à frente da CBF. Apesar disso, viu a oposição a ele crescer nas últimas semanas, principalmente após vazamento de documentos e ações na Justiça.
Dessa maneira, Gabriel de Oliveira Zéfiro, desembargador responsável pelo caso, decretou nulo o acordo assinado pelo Coronel Nunes e outros dirigentes da CBF, mesmo sem a confirmação se houve a falsificação da assinatura. O magistrado relatou que fez isso “em razão da incapacidade mental e de possível falsificação da assinatura de um dos signatários”.
“A robustez dos indícios trazidos aos autos leva à inarredável conclusão acerca de um fato, até mesmo óbvio: há muito o Coronel Nunes não tem condições de expressar de forma consciente sua vontade. Seus atos são guiados. Não emanam da sua vontade livre e consciente”, continua Zéfiro em sua decisão.
No último dia 4 de maio, a perita em documentoscopia, Jacqueline Tirotti, concluiu que “as assinaturas questionadas divergem do punho periciado do vice-presidente Antônio Carlos Nunes de Lima”. Assim, há uma suposta falsificação neste processo. Isso gerou um pedido de Fernando Sarney, vice-presidente da CBF, para anular esse acordo que referendou eleição de Ednaldo.
Nesta semana, a deputada federal Daniela do Waguinho (União), que ocupou o cargo de ministra do Turismo no governo Lula, protocolou uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) solicitando o afastamento imediato do dirigente.
Na última quarta-feira (7), o ministro Gilmar Mendes, do STF, decidiu não afastar Ednaldo. Ele argumenta que há “falta de legitimidade dos requerentes para atuar em ação de controle concentrado”. Porém, o magistrado entendeu que os documentos anexados “trazem notícias e graves suspeitas de vícios de consentimento capazes de macular o negócio jurídico entabulado”. Por isso, encaminhou o caso ao Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro.