AVANTE MEU TRICOLOR
·02 de dezembro de 2024
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·02 de dezembro de 2024
Dirtetor de Futebol do Tricolor falou sobre planos de recuperação (Foto: Reprodução/Instagram)
MARCIO MONTEIRO
Em grande crise financeira, o São Paulo tem ouvido muito a pergunta se a SAF é a solução para os problemas atuais. O clube fechou contrato com a Galápagos Capital, empresa de investimentos que gerenciará um fundo de investimento em direitos creditórios (FIDC), que deverá captar receitas de investidores e substituir empréstimos bancários por uma única dívida, esta com o fundo criado.
No Brasil, o caminho de se tornar SAF, um clube empresa, se tornou popular. Das 20 equipes que disputam o Brasileirão 2024, oito adotaram o modelo. Dos oito times, cinco estão hoje entre os 10 primeiros colocados na Série A.
“Esse assunto tem que ser discutido da porta para dentro, não dá para a gente simplesmente ignorar como se isso não estivesse acontecendo. A gente tem que discutir e entender se em algum momento isso tem que ser o caminho para o São Paulo. Quando a gente fala de SAF, parece ser uma coisa só. Na verdade, há vários modelos”, disse o diretor de futebol Carlos Belmonte, em entrevista àCNN.
“Eu acho que tem SAFs boas e SAFs ruins, como tem times bem administrados que são associativos e mal administrados. Eu acho que o caminho da SAF, e eu sempre falo isso, é que a gente não ia ser o primeiro, mas também não vai ser o último. Mas a gente tem que entender em que momento a gente vai virar SAF, ou se não vamos virar porque conseguimos nos recuperar”, seguiu o cartola tricolor.
Melhor do que o modelo de gestão das SAFs, Belmonte disse se espelhar em dois clubes brasileiros que se reestruturaram e hoje dominam o cenário não só nacional, mas também como do continente.
“O Flamengo teve um movimento lá atrás com o Bandeira, e o Flamengo tem uma torcida gigantesca, muito maior do que a torcida do São Paulo, por exemplo. Então ele conseguiu fazer essa roda girar mais rápido. O Palmeiras teve outro processo muito importante com o Paulo Nobre e agora com a Leila, que colocaram recursos que ajudaram na recuperação junto com uma boa gestão e conquistas. O Palmeiras se recuperou, eu acho que nós temos que ir nesse caminho”, explicou Carlos Belmonte, que completou.
“Eu não tenho nenhum preconceito com SAF, mas também não tenho nesse momento a convicção que tenha que ser SAF. A gente tem que analisar com o tempo e entender para onde o São Paulo vai caminhar”, concluiu o diretor são-paulino.
O clube sabe que o ‘cinto irá apertar’ na próxima temporada, como disse o próprio dirigente na mesma entrevista, e já começa a se planejar financeiramente para a temporada 2025, que não será de grandes e impactantes contratações.
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