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·17 de dezembro de 2020

Santi Cazorla: uma história de superação

Imagem do artigo:Santi Cazorla: uma história de superação

O futebol mexe com o coração de seus torcedores. Se trata de um amor único, que não mede espaço nem loucura. Contudo, o esporte também conta com um leque de histórias inacreditáveis. Muitas dessas são as histórias de como os jogadores chegaram ao seu sucesso, superando diversas barreira. E é sobre isso que o Navegando pela La Fúria conta. Confira a emocionante história de superação de Santi Cazorla.

QUEM É SANTI CAZDORLA?

Nascido em Llanera, na Espanha, Santiago Cazorla González veio ao mundo no dia 13 de dezembro de 1984. Com 19 anos de idade, o jogador começou a sua carreira. O primeiro clube foi o Real Oviedo. Contudo, não permaneceu por muito tempo na equipe, indo para o Villarreal no ano seguinte. Cazorla começou no time B, mas estreou na temporada de 2004-05 no time titular. No Submarino Amarelo ficou até 2006.


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O seu talento era visível, tanto que foi comprado pelo Recrativo Huelva, na mais cara transferência do clube na época. Em sua estreia, diante a sua antiga equipe, já chegou tendo bons resultados. Dessa forma, o atleta anotou seu primeiro gol. Assim, fora de casa, deu a vitória ao seu novo clube.

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Em 2007, um de seus maiores baques aconteceram: a morte de seu pai. Assim, em homenagem, dedicou a ele um gol, marcado contra o Racing Santander. No confronto, o Huelva saiu com uma vitória por 4 x 2. Naquele ano, Santi Cazorla foi um dos principais atletas do time, assinalando cinco gols e cinco assistências em 34 jogos no Campeonato Espanhol, em que terminaram em 8º lugar.

RETORNO AO VILLARREAL

Na temporada seguinte, o Villarreal optou pela opção de conta, e Santi Cazorla retornou ao Submarino Amarelo. Naquele ano, o atleta ergueu a taça da Eurocopa. Dessa maneira, foi amplamente reconhecido. Junto com David Villa, o jogador recebeu o Prêmio Santa Marta. Além disso, em junho de 2008, pelo jornal La Nueva España, foi considerado o “asturiano do mês”. A sua cidade natural, Lugo de Llanera, propôs colocar seu nome em uma rua do município.

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Além disso, Cazorla ganhava muito o carinho de outros jogadores. Um deles era Marcos Senna, seu colega de equipe. Além de elogiar o jogador, Senna falou sobre Santi:

“Hoje o Messi está um passo acima porque o Kaká se lesionou. Mas o jogador que adoro é Santi Cazorla. Estou com ele todos os dias, vejo como ele treina e é um verdadeiro fenômeno. Não se pode dizer que ele é o melhor porque é do Villarreal, mas se estivesse no [Real] Madrid ou no Barça seria diferente”, falou.

PRIMEIRA LESÃO

Em 2008, em um confronto entre Almería e Villarrreal, aconteceu a primeira lesão grave do atleta. Santi Cazorla teve uma fratura na fíbula da perna direita. Isso fez com que ele ficasse fora o resto da temporada. Em abril, foi operado da lesão, tendo uma recuperação de três meses – anteriormente, pensava-se em seis meses -.

PASSAGEM PELO ARSENAL

Em 2012, Santi chegou ao Arsenal, da Inglaterra. No clube, teve um dos seus melhores momentos. Demorou apenas três jogos para que conseguisse deixar a sua marcar. Contra o Liverpool, deu uma assistência a Lucas Podolski e marcou o outro gol da vitória de 2 x 0. Em setembro de 2013, Cazorla sofreu outra lesão, dessa vez no tornozelo. Ficou fora por cinco semanas. Na temporada de 2014-15, foi titular indiscutível, em um ano sem lesões. Foram oito gols marcados (sendo seis em pênaltis) e 53 partidas disputadas.

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SUPERAÇÃO

Ainda pelo Arsenal, fez a sua “última” partida contra o Ludogorets, em 19 de outubro de 2016. O jogo era válido pela Liga Europa. Na ocasião, Santi saiu lesionado do confronto. Após isso, o jogador sumiu. Foram 600 dias sem o meia habilidoso entrar em campo. O seu drama pessoal foi revelado ao jornal ‘Marca' somente no ano de 2018.

Cazorla chegou a passar por operação, mas como o ferimento em seu tornozelo estava aberto, uma bactéria entrou na região. Ela chegou a devorar 10 centímetros de seu tendão. A situação era tão perigosa que o jogador chegou a ouvir que não era para se preocupar em jogar bola, mas sim para se concentrar “em poder brincar com o seu filho ou dar uma leve caminhada”. O osso foi comparado por uma massa de modelar, segundo os médicos.

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Ao todo, passou por oito cirurgias, placas de metal, tendão reconstruído, além de um enxerto, que acabou separando a tatuagem com o nome de sua filha. Uma parte precisou ser costurada no seu tornozelo. Porém, isso o deu uma enorme força para continuar lutando por sua vida e sua carreira.

RETORNO AOS GRAMADOS

Em 2018, o Villarreal anunciou um nome antigo e conhecido da torcida: Cazorla. A volta foi cercada de muitas incertezas. Mas a torcida estava totalmente disposta a demonstrar a força e carinho para o atleta. Aos 34 anos, o mesmo teve seu jogo oficial em 18 de agosto. Era o fim de todo o pesado. E não fez feio. O jogador foi tão bom em campo, tendo um desempenho que lhe rendeu uma convocação para a seleção espanhola.

O craque foi um dos reis em assistências na última temporada, se igualando a nada mais nada menos que Lionel Messi. Foram 20 passes para o gol, levando em consideração todas as competições oficiais em que disputou. Assim, o mesmo ficou atrás somente de Suárez, Benzema e Messi. Além disso, foram 15 gols – o recorde de sua carreira -.

A história de superação de Santi Cazorla não emociona somente quem está no meio. Torcedores de todos os times de todo o mundo se inspiram e torcem para o grande sucesso do atleta, que fechou com Al Sadd, do Catar. Com toda a certeza, o atleta inspira inúmeras pessoas a continuarem lutando por seus sonhos, independente de quais são.

Foto destaque: Reprodução/Footure

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