Deus me Dibre
·13 de julho de 2024
Deus me Dibre
·13 de julho de 2024
Na tarde deste sábado (13), o Cruzeiro garantiu mais uma vitória importante ao vencer o Red Bull Bragantino por 2 a 1, em partida válida pela 17ª rodada da Série A do Campeonato Brasileiro. Com gols de Gabriel Veron e Matheus Pereira, a Raposa segue invicta como mandante na competição, mantendo-se firme na luta pelo G4.
Após a partida, o técnico Fernando Seabra destacou a entrega e o profissionalismo dos jogadores, ressaltando o esforço coletivo como fator determinante para a vitória.
“A gente tem que, hoje, realçar a entrega e o profissionalismo dos jogadores. Qual o contexto do jogo? Em 30 dias, foi o nosso 10º jogo na sequência. E enfrentamos um adversário que é fogo contra fogo, pressionante, busca ser agressivo, se impor no campo de ataque. Muito intenso na sua forma de defender e na sua forma de atacar. Não jogou no meio da semana, não viajou pra jogar no meio da semana. Tínhamos uma desvantagem enorme. Esse é o ponto crucial do jogo. Isso só foi possível por causa da entrega dos jogadores. Não só dentro de campo, mas no dia a dia de trabalho e no que eles fizeram de concessões e sacrifícios em vários desses jogos.”
Gabriel Veron foi um dos destaques da partida, marcando o primeiro gol da equipe celeste. O técnico, no entanto, preferiu valorizar o desempenho de todo o grupo. “Todos os jogadores que têm trabalhado de forma honesta e com espírito coletivo, eles têm elevado seu nível de desempenho. O Veron é um deles. Mas é o momento de realçar a capacidade todos, o esforço coletivo. Eu sempre falo pra eles: ‘a gente precisa ter uma coletividade com a individualidade.’ A individualidade sozinha não funciona. Que tragam pra essa coletividade suas qualidades e suas características positivas. A gente fica feliz pelo Veron, mas por todos de uma forma geral”, pontuou.
Seabra também comentou sobre a evolução tática da equipe e o entrosamento dos jogadores, que têm se mostrado cada vez mais adaptados ao seu estilo de jogo.
“Nós buscamos, a cada jogo, fazer uma análise a partir das nossas características, as ameaças que o adversário traz pra gente. Onde podemos gerar vantagem. À medida que o tempo passa, vai se construindo um repertório. Cada jogo nós vamos ter que neutralizar algumas desvantagens, mas elas vão sendo semelhantes de acordo com os adversários. Da mesma forma, como gerar vantagens quando o adversário marca da tal forma. Acaba que essas coisas vão se repetindo e permite que nesse momento, mesmo sem conseguir treinar, os jogadores entender e aplicar. Isso também é dedicação, é dar um voto de confiança no trabalho. Isso faz parte do que é o crescimento de um trabalho. Passa pelo tempo, pela confiança dos atletas.”
Sobre sua passagem anterior pelo Red Bull e sua transição para o Cruzeiro, Seabra relembrou momentos marcantes. “Eu trabalhei no Red Bull de 2008 até 2014. Quando eu faço o jogo ano passado, contra o Bragantino, foi uma emoção toda especial. Onde eu pude aprender bastante. Foram cinco anos batendo e voltando de São Paulo. Só fez sentido sair de lá, porque era o Cruzeiro na Série A. Eu acabei tendo pouco contato com o Caixinha, porque em 75 dias eu fiz 15 jogos na Série A3. Junto com todo esforço que existe no Cruzeiro, foi algo que me preparou pra essa empreitada.”
A respeito da substituição do goleiro Anderson por Cássio, o treinador foi enfático ao elogiar ambos os jogadores.
“Eu falei pro Anderson que a principal conquista que a gente pode ter onde trabalhar é conquistar o respeito. Ele, pelo trabalho que fez, conquistou o respeito do mercado, da torcida, da comissão, do treinador e do grupo. Ele inicia de uma forma onde havia muita interrogação, goleiro precisa de mais jogos pra ter ritmo, ele oscila, mantemos e ele com mérito consegue ter uma evolução muito grande. E gera um ciclo virtuoso, porque ele estabelece um sarrafo alto, ao qual o Cássio tem que entrar e responder. O Cássio aporta muitas coisas que são importantes e como eu já tenho dito, nós temos total segurança e confiança que temos dois goleiros em condição de dar conta. Às vezes você não tem oportunidade e o lado positivo é que te dão tempo e você pode se preparar pra vir mais forte. De uma forma geral, estamos satisfeitos.”
Seabra também analisou o desempenho do Red Bull Bragantino e a forma como sua equipe conseguiu superar a forte marcação adversária. “Vai sair tirando ponto mesmo. Nós buscamos explorar, mostramos algumas opções de atacar esse espaço na última linha. Era um ponto que nós precisávamos explorar pra causar indecisão. Eu não acho que o Red Bull seja uma equipe que deixe jogar, pressiona muito bem, tem números e eficácia muito grande na pressão. Acho que nós tivemos muito mérito de conseguir ter decisões rápidas, quebrar essa zona de pressão e atacar a última linha em situação de transição. Seria um jogo de pressão, quebra e pós-quebra. O contrário a mesma coisa. A gente faz o melhor possível pra conseguir roubar a bola na pressão. Duas equipes que têm a ideia de ser pressionante, se impor. Fisicamente, o time suportou até demais. Confesso que foi um segundo tempo difícil pra tomar decisão em relação a substituição, muitos jogadores mostrando fadiga. Foi um fator muito difícil fazer essa gestão em função do desgaste que o time tinha.”
Por fim, o treinador comentou sobre a possibilidade de o Cruzeiro atuar como mandante fora de Belo Horizonte em jogos futuros. “A gente vai precisar ver a distância entre os jogos. Quantos dias são. 4 dias pra 3 dias muda muito. Se for uma semana, não pesa nada, muito pouco. E também a distância pro jogo seguinte. Não tenho como responder com precisão, mas a nossa logística no último jogo foi muito bem feita e foi essencial. Se não fosse por isso, hoje teríamos mais dificuldade do que teve.”
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