Trivela
·01 de maio de 2023
Trivela
·01 de maio de 2023
O Napoli não aproveitou a primeira chance de conquistar o Scudetto de forma antecipada. A vitória parcial contra a Salernitana provocava uma erupção no Estádio Diego Armando Maradona, mas Boulaye Dia arrancou o empate por 1 a 1 no final e Guillermo Ochoa evitou o segundo gol dos celestes. Apesar das expectativas que não se cumpriram, Luciano Spalletti se mostra bastante tranquilo com a situação. O treinador tentou ver o lado positivo, de que a celebração vai durar um pouco mais.
“Sentimos o carinho da torcida em alto e bom som, nos nossos ouvidos e nos nossos corações. Representamos o sonho dessa gente, então é justo que os jogadores sintam isso. Queríamos aquele gol a mais para dar aos torcedores. No que me diz respeito, essa espera só aumenta o prazer, porque não me sinto desconfortável em estar no topo da tabela. A celebração se estende um pouco mais, porque estou convencido de que conseguiremos esse ponto que falta”, declarou Spalletti.
O treinador, obviamente, admitiu que o clima nos vestiários do Napoli não era o mais feliz depois do empate: “Claramente os rapazes estão desapontados, porque não puderam dar essa alegria ao público maravilhoso, mas sentimos há algum tempo que esses são os pontos mais difíceis a nível psicológico. A Salernitana é organizada e se fechou na defesa, o que tornou tudo mais difícil, e depois fomos um pouco ingênuos no gol que tomamos”.
Sobre as dificuldades do time, Spalletti analisou que, de fato, o Napoli perdeu um pouco de ímpeto recentemente – o que é normal, pelo desgaste: “Está faltando a contundência e a qualidade que tínhamos no começo da temporada, porque é como uma maratona e o último quilômetro é o mais duro. Nosso segundo tempo começou muito melhor, aproximamos os meio-campistas do ataque, a agressividade na recuperação aumentou. É isso que constrói o momento e a confiança. Jogar de pé em pé pode ser um pouco chato, enquanto uma disputa no alto ou uma bola quicando podem inspirar a todos a partir da luta para recuperar”.
Independentemente dos problemas, o comandante reconheceu toda a entrega e o compromisso de seus atletas: “Não posso levar o crédito, passo aos rapazes, porque eles sempre fizeram o que foi pedido. Eles estavam determinados a se tornar um grupo de amigos, um time. Foram os pensamentos de hoje também, criar chances aos companheiros, correr duro para ajudá-los a defender e atuar como um coletivo. É o que nos dá forças. Quem vestir essa camisa, com a história do clube e as pessoas que passaram por aqui, precisa buscar o título para andar com a cabeça erguida. Caso contrário, é um feito parcial”.
Por fim, o treinador brincou com uma espécie de obrigação moral para torcer pelo Napoli nesta reta final da Serie A: “Todos aqueles que amam o esporte ficarão entusiasmados se o Napoli ganhar o Scudetto. Será algo que agradará a todos que amam o esporte – menos aqueles que são meio amargos”. Se não vier com um tropeço da Lazio na quarta-feira, pode se confirmar com uma vitória napolitana na visita à Udinese, na quinta.
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