Zerozero
·09 de fevereiro de 2025
Teoria da influência insular, segundo José Gomes
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Zerozero
·09 de fevereiro de 2025
Regresso aos triunfos e momento bastante importante na temporada do Nacional. Na visita ao terreno do Farense, os madeirenses voltaram a somar três pontos (0-2) e estão agora com sete pontos de vantagem sobre os Leões de Faro, que permanecem no penúltimo posto da Liga Portugal Betclic - último de despromoção direta à II Liga. Depois da seca das últimas jornadas, José Gomes relembrou os planos da teoria insular dos comandados de Tiago Margarido.
Entre duas equipas com a luta pela sobrevivência como plano de fundo, o equilíbrio verificado não foi propriamente chocante. A agressividade e a intensidade imprimidas foram os principais ingredientes de duas equipas com diferentes propostas de jogo, ainda que com uma atração baixa pelas balizas de Ricardo Velho e Lucas França.
Melhor e mais assertivo na reta inicial, o Nacional tentou, desde cedo, empurrar as tendências para perto da área algarvia através de futebol vertical e com propensão para colocar a bola no meio-campo ofensivo.
Djibril Soumaré ia-se destacando por essa altura pela forma como segurou as pontas do miolo dos insulares, mas depressa as incidências equilibraram com a ideia de jogo apoiado do conjunto orientado por Tozé Marreco.
Apesar destas dinâmicas, o perigo foi uma miragem quase completa durante a primeira parte - exceção feita aos avisos de Paulinho Bóia e Rony Lopes -, sendo que a expulsão de Elves Baldé - vinha a protagonizar um bom duelo com José Gomes - acabou por ser a nota de maior destaque da etapa. Com tudo a zeros, suspirava-se por mais ação (e golos) nas compostas bancadas do Estádio São Luís.
Desejos que se viriam a cumprir... embora apenas para os adeptos do Nacional. Entrado ao intervalo, Daniel Penha conduziu pelo corredor central, entregou em Dudu e este serviu José Gomes para o golo inaugural. Com um remate na passada e cruzado, o lateral adiantou o Nacional na melhor jogada da partida. Apenas o início da tarde de sonho do herói improvável dos madeirenses!
Em vantagem e aparentemente confortável em vantagem numérica, o Nacional viu Fuki Yamada receber ordem de expulsão - atingiu Marcos Moreno no rosto -, mas nem assim o Farense se galvanizou. Tozé Marreco percebeu o momento, fez entrar Yusupha Njie - estreia pelo Farense - e Samuel Justo à procura de mais incisão ofensiva, só que tal não se confirmou no imediato e os insulares aproveitaram o momento.
Paulo Vítor e companhia deixaram José Gomes entrar com bastante à vontade na área e, depois de uma última perda de bola promovida pela recuperação de Soumaré, o lateral dos madeirenses voltou a fazer a diferença. Desta vez com um tiro em jeito, mas com a mesma eficácia perante Velho.
O 0-2 serviu como um murro no estômago face às pretensões do Farense, incapaz de desestabilizar o setor mais recuado dos pupilos de Tiago Margarido. Em modo chuveirinho nos instantes finais, Yusupha Njie cheirou o encurtar do resultado num duelo pessoal que Lucas França levou a melhor e os três pontos seguiram mesmo rumo à Madeira.
Após o apito final, dois estados de espírito sobressaíam: a comunhão total entre adeptos e jogadores insulares e a contestação - maioritariamente na zona da claque - para com Tozé Marreco e o seu plantel.