Trivela
·04 de agosto de 2022
Trivela
·04 de agosto de 2022
Vélez Sarsfield e Talleres não eram os representantes mais badalados da Argentina nesta Copa Libertadores. Contudo, os méritos de ambos os times ficam expressos na campanha, especialmente pela maneira como as classificações aconteceram nas oitavas de final. E o primeiro duelo entre as equipes pelas quartas, no Estádio José Amalfitani, resultou numa partida eletrizante – digna dessa qualidade exibida em campo. O Vélez parecia com o triunfo nas mãos, empurrado pelo artilheiro Lucas Janson, autor de dois gols. La T ressurgiu já depois dos 35 do segundo tempo, ao descontar, e empatou com um golaço aos 42. Mas foi exatamente no momento em que o resultado escapava que os velezanos se impuseram. Aos 45, um tento de Julián Fernández garantiu o triunfo por 3 a 2. Promete outro jogaço para o reencontro em Córdoba.
O Vélez deu motivos para Liniers se incendiar logo aos cinco minutos. Um dos maiores destaques da Libertadores, Janson apareceu. O gol nasceu numa boa tabela pela direita. Leonardo Jara cruzou alto para o segundo pau e o baixinho Janson pulou nas costas da zaga, para definir de cabeça, nas redes. O Talleres teria certo domínio na sequência do primeiro tempo, sem pontaria para ameaçar. Os velezanos só voltaram a incomodar no fim da primeira etapa. Inclusive, ficaram na bronca por um pênalti não marcado na revisão do VAR.
O segundo tempo recomeçou com lances de perigo de ambos os lados, até que o Vélez voltasse a distribuir as cartas. Lucas Pratto deu um bom chute de fora da área, que dificultou ao goleiro Guido Herrera. E num momento em que o Talleres voltou a atacar, com o goleiro Lucas Hoyos salvando diante de Diego Valoyes, a resposta dos velezanos foi contundente. O segundo gol já poderia ter acontecido numa arrancada de Janson, lançado de trivela por Walter Bou, mas o ponta carimbou o travessão. Ele se redimiu logo depois, aos 28. Em mais um cruzamento de Jara, mais uma testada fatal de Janson, sem nem precisar saltar desta vez. O camisa 11 se isolou na artilharia da Libertadores, com sete gols.
O Talleres estava numa situação bastante desconfortável. Mas tinha capacidade para se reerguer e isso começou aos 36. Numa sequência de cruzamentos, Rodrigo Garro ajeitou para a cabeçada decisiva de Michael Santos, que acabara de sair do banco e já anotou o gol. O melhor ainda estava por vir, com o empate aos 42. Primeiro, Matías Catalán deu uma sequência de dribles sensacionais pela direita, desmontando a marcação do Vélez. O cruzamento seria rifado dentro da área, mas a sobra ficou com Garro. Isolado na intermediária, ele teve tempo de preparar o chute e mandar a bola direto na gaveta de Hoyos. Golaço.
Agora a bomba estava no colo do Vélez, vendo escapar um resultado que parecia certo. O Estádio José Amalfitani emudecia. Todavia, o estalo se ouviria mais alto três minutos depois, aos 45, com o gol da vitória dos anfitriões. Julián Fernández era outro que havia saído do banco. Estava no lugar certo para receber o passe para trás dado por Maximo Perrone e bater rasteiro, tirando do alcance de Guido Herrera. O desfecho vibrante de um jogo que facilmente está entre os melhores das últimas edições da Libertadores.
O Vélez cumpriu o mando de campo e também certo ar de favoritismo por ter eliminado o River Plate. Porém, o Talleres tem credenciais para reverter a situação. O Matador até passou com mais sobras pelo Colón na fase anterior e já apresentou sua força naqueles minutos da reviravolta em Liniers. O nível tende a continuar altíssimo para definir o classificado em Córdoba.
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