Trivela
·18 de novembro de 2021
Trivela
·18 de novembro de 2021
Eljero Elia possui no currículo 30 partidas pela seleção da Holanda, seis delas na Copa do Mundo de 2010. O ponta era um nome frequente saindo do banco e entrou no segundo tempo da final perdida contra a Espanha. Aos 34 anos, sem contribuir muito à Oranje além do Mundial da África do Sul, o veterano segue na ativa pela Eredivisie. E depois de alguns meses sem clube ele vai retornar para a sua primeira casa, ao assinar contrato com o ADO Den Haag, time que o lançou para o futebol e que atualmente milita na segunda divisão.
Elia passou os últimos meses treinando no ADO Den Haag, mas o clube não vinha em situação financeira favorável e preferiu esperar a chegada de novos investidores para fazer a oferta. “Desde o momento em que cheguei ao campo de treinamentos, tenho uma sensação familiar de estar de volta ao clube. Venho trabalhando na minha preparação física há dois meses e agora espero poder acrescentar algo nas competições. Inicialmente, claro, ajudando com minhas qualidades, mas também com minha experiência”, assinalou o veterano.
Elia chegou a ter uma rápida passagem pelo Ajax na base (dispensado ao lado de Jeremain Lens e Nordin Amrabat), mas o grosso de sua formação aconteceu no ADO Den Haag e por lá também se profissionalizou. O ponta chegou a disputar duas temporadas completas pelo clube e surgia como uma boa promessa quando foi contratado pelo Twente em 2007, aos 20 anos. O novato viveria um momento importante sob as ordens de Steve McClaren, embora tenha saído antes da conquista da Eredivisie em 2009/10. Antes do início daquela temporada, o habilidoso atacante assinou com o Hamburgo.
Elia ganhou sua primeira convocação já no Hamburgo e conquistou a confiança do técnico Bert van Marwijk neste momento. Passou a frequentar os jogos da Holanda e esteve presente na Copa de 2010, como um reserva que entrou em seis dos sete compromissos da equipe na África do Sul – exceção feita às quartas de final contra o Brasil. O jogador também fez seu nome na Bundesliga, o que atraiu a atenção da Juventus em 2011/12. Embora presente no elenco que reconquistou a Serie A, ele disputou só quatro partidas na campanha e não foi aproveitado por Antonio Conte.
Neste momento, a carreira de Elia parecia entrar em declínio, aos 25 anos. O ponta voltou à Bundesliga através do Werder Bremen, mas não fez nada muito digno pelos antigos rivais. Também teria uma estadia breve na Premier League com o Southampton. Seu prestígio seria recobrado apenas com a volta para a Eredivisie, no Feyenoord. Em Roterdã, o ponta voltou a desfrutar seus melhores momentos e até ganhou novas convocações à seleção depois de três anos. Comandado por Gio van Bronckhorst e ao lado de Dirk Kuyt, seus ex-companheiros em 2010, o ponta seria um dos destaques na conquista da liga em 2016/17, quando o Feyenoord encerrou um jejum de 18 anos sem o troféu nacional.
O destaque permitiu a Elia assinar um contrato polpudo e ele fez as malas para o Istambul Basaksehir. Foram três temporadas na Süper Lig, compondo o grupo de medalhões que liderou o clube protegido pelo presidente Recep Tayyip Erdogan a conquistar o campeonato nacional. Com a missão cumprida e um papel de coadjuvante no elenco, o veterano retornou à Holanda em 2020/21, para defender o Utrecht. Seria um reserva de luxo, até sua despedida ao final da temporada. Depois de quatro meses sem contrato, ressurge no ADO Den Haag.
Apesar do rebaixamento recente, o ADO Den Haag não faz boa campanha na segunda divisão e ocupa o sétimo lugar, embora siga na briga pelo acesso. O elenco atual inclui outras figurinhas carimbadas, em especial Daryl Janmaat e Ricardo Kishna. Também vale o destaque a Cain Seedorf, filho de Clarence Seedorf, que busca seu espaço como lateral direito aos 21 anos.
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