Vitória muda perfil da dívida, mas passivo já passa de R$ 270 milhões | OneFootball

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·18 de abril de 2025

Vitória muda perfil da dívida, mas passivo já passa de R$ 270 milhões

Imagem do artigo:Vitória muda perfil da dívida, mas passivo já passa de R$ 270 milhões

O Vitória fechou o ano de 2024 com uma dívida total de R$ 274,8 milhões. O número, elevado e preocupante, representa a consolidação de uma tendência observada desde 2022: o clube conseguiu reduzir a pressão de curto prazo, mas ampliou significativamente o volume de obrigações de longo prazo.

A mudança no perfil da dívida começou após a explosão registrada em 2021. Naquele ano, o passivo rubro-negro saltou de R$ 151 milhões para R$ 272 milhões, em função de uma série de inadimplências em acordos fiscais e trabalhistas. Parcelamentos como Profut e IPTU foram rompidos, vencimentos foram antecipados e dívidas que antes estavam fora do balanço passaram a ser reconhecidas. O impacto foi imediato: a dívida de curto prazo atingiu R$ 160,5 milhões.


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Em 2022, a diretoria iniciou um processo de reestruturação. Com um novo acordo com a Receita Federal, o clube renegociou aproximadamente R$ 117 milhões em tributos. Parte foi perdoada e o restante reclassificado como dívida de longo prazo. A manobra gerou alívio no fluxo de caixa, reduziu o passivo circulante para R$ 108 milhões e permitiu o fechamento do ano com superávit contábil.

Desde então, a composição da dívida tem se mantido mais equilibrada. A pressão imediata foi reduzida, mas a dívida total continua subindo. Em 2023, o clube voltou a registrar déficit, e o passivo chegou a R$ 264,4 milhões. Em 2024, o número subiu mais uma vez, alcançando os atuais R$ 274,8 milhões, sendo R$ 114,8 milhões em curto prazo e R$ 160 milhões em longo.

A dívida total aumentou R$ 123,8 milhões em cinco anos. O dado mais relevante, no entanto, está na estrutura dessa dívida. O Vitória saiu de um cenário de colapso iminente em 2021 para uma situação de maior estabilidade operacional. Mas, ao mesmo tempo, carrega um volume crescente de compromissos futuros.

O risco imediato diminuiu. O desafio estrutural permanece.

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