Deus me Dibre
·07 de julho de 2024
Deus me Dibre
·07 de julho de 2024
Na zona mista, o volante Lucas Romero falou com o jornalista Samuel Venâncio após a vitória de 3 a 0 do Cruzeiro sobre o Corinthians, pela 15ª rodada do Campeonato Brasileiro. O volante falou sobre as duras derrotas sofridas fora de casa para Flamengo e Criciúma, e destacou a importância de voltar a vencer dentro de um Mineirão lotado:
“A gente tinha de duas derrotas que doeram muito, acho que contra o Flamengo merecíamos mais e contra o Criciúma merecíamos muito por um momento mas não aproveitamos e saímos com a derrota. Era importante sair hoje com a vitória, os três pontos eram importantes pra nós, ainda mais com o apoio da torcida que lotou o Mineirão e é muito importante para nós”, finalizou o volante.
O volante também falou sobre o momento difícil que o time atravessa jogando fora de casa, onde conquistou apenas uma vitória após sete jogos. Romero entende que a equipe teve boas atuações, mas não soube aproveitar o melhor momento na maioria desses jogos:
“Acho que os jogos que foram fora de casa tivemos boas atuações, mas não soubemos aproveitar nossos momentos no jogo. Criamos boas situações mas não canalizamos como fizemos hoje. Estamos trabalhando muito nos treinos, o Seabra vem cobrando muito sobre isso e vamos tentando melhorar. Quando jogo até o final, o GPS marca 11km, 10,8km, dependendo de quanto jogo. Somos muito profissionais, o que ajuda a competir em alto nível.”
Visivelmente emocionado, o zagueiro argentino Lucas Villalba recebeu a primeira oportunidade com o técnico Fernando Seabra em começar como titular fazendo dupla ao lado de Zé Ivaldo, substituindo João Marcelo, que estava suspenso. Depois de uma boa atuação, o defensor fez um breve desabafo, destacando que nunca desistiu de trabalhar esperando para ter uma oportunidade:
“Temos muitas coisas pra falar, mas tentarei ser o mais breve possível. Isto é produto do que falava com seus colegas antes, é muito trabalho, de esperar uma oportunidade, de não desistir. Não é fácil no futebol e na vida, quando as coisas não acontecem é mais fácil jogar a toalha. No meu caso, entendi que os defensores estão trabalhando bem, então tratei de aproveitar o máximo possível as oportunidades, para fazer o melhor trabalho e a gente não sentisse falta do João Marcelo, que vinha muito bem. Fico muito feliz não só pelo individual, mas pela vitória. Vínhamos de uma derrota e a maneira que saímos é muito boa para chegar bem ao próximo jogo.” “Não é que o time rival é fácil, a gente teve que trabalhar muito para não tomar gol, fechar linha, rodar, para tentar fazer com o que o nosso goleiro não receba oportunidades, mas quando aconteceu ele foi bem. O time por inteiro é defensivo, é um trabalho de todos. Fico muito contente pelo resultado, o trabalho e por não levar gols, pois meu papel principal é de defender. Gosto de sair, gosto de construir, mas aqui tem muitos jogadores bons com essa capacidade, então fico feliz por não levar gols e acabar 3 a 0.”
Villalba ainda destacou as dificuldades de chegar onde está, especialmente considerando a qualidade dos jogadores no Brasil. Ele relembrou seu início difícil no Independiente, aos 17 anos, onde teve que começar de baixo, mas sempre manteve a determinação de não desistir. Villalba enfatizou a importância da autocrítica, mencionando que nunca deixou de trabalhar duro e treinar da melhor forma, independentemente das circunstâncias.
O argentino mencionou que desistir não é uma opção, pois isso criaria uma distância significativa entre ele e seus colegas, Zé e João Marcelo. Ele também compartilhou a dor de estar longe de seu filho, que está na Argentina, mas afirmou que isso lhe dá forças para continuar trabalhando.
“Quando cheguei, tivemos uma primeira entrevista e falei que essa possibilidade era muito importante. Não foi fácil chegar aqui, o Brasil tem bons jogadores, o início não foi fácil lá no Independiente com 17 anos, tive que iniciar de muito baixo e então na minha cabeça estava não desistir. Esse pensamento de que “o treinador argentino não está, não vou jogar mais”, isso nunca estava na minha cabeça. Trato de ser o mais autocrítico possível, saber que quando faço as coisas bem, então trabalhei e treinei da melhor forma. Se eu desisto, abre uma distância grande pro Zé e João Marcelo. Isso não vai acontecer, o que depender de mim vou fazer, o externo já depende de quem trabalha aqui. Nunca deixei de trabalhar e por isso tive oportunidades. Fico feliz pelo resultado, por tudo. É a primeira vez que saio do meu país, meu filho está na Argentina e tem muito tempo que não vejo, e isso me dá forças para seguir trabalhando. Estou contente”.
O lateral Marlon destacou a diferença de desempenho do time em casa e fora de casa, mencionando que, apesar de estarem jogando bem fora, às vezes têm dificuldade em finalizar as partidas. Ele ressaltou a boa sinergia com os torcedores nos jogos em casa e reconheceu a natureza passageira do sucesso no futebol, enfatizando o objetivo da equipe de lutar pelas primeiras posições na tabela.
Marlon projetou o próximo jogo e comentou sobre a situação incômoda do Grêmio, prevendo um jogo difícil devido ao gramado pesado do Caxias, que pode tornar a partida mais truncada. Ele afirmou que a equipe precisa saber usar essas condições a seu favor, ler bem o jogo fora de casa e tentar fazer do fator visitante uma vantagem para continuar pontuando e se mantendo no topo da tabela:
Saiba mais sobre o veículo“Fora de casa a gente algumas vezes está bem mas não consegue matar o jogo. Em casa estamos tendo essa sinergia muito boa com o torcedor. A gente sabe que no futebol tudo é passageiro e nosso objetivo é brigar no pelotão de cima. O Grêmio vem numa situação incômoda, vai ser muito difícil. O gramado do Caxias é mais pesado, será um jogo mais truncado até pela situação do Grêmio. Temos que saber usar essa situação ao nosso favor, saber ler o jogo fora, tentar fazer o fator visitante ser importante e pontuar fora para seguir em cima na tabela.”