AVANTE MEU TRICOLOR
·18. Februar 2025
Sob acusação de eleição de torcedores dos rivais, Conselho Deliberativo ratifica os dez novos vitalícios do São Paulo
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AVANTE MEU TRICOLOR
·18. Februar 2025
Tricolor elegeu seus novos cardeais nesta segunda (SPFC/Divulgação)
RAFAEL EMILIANO@rafaelemilianoo
O Conselho Deliberativo do São Paulo ratificou na note de segunda-feira (17) a eleição dos dez novos conselheiros vitalícios do clube.
Ponto mais polêmico do pleito, os dois nomes acusados pela oposição de serem torcedores de times rivais (Palmeiras e Santos) passaram e assumirão suas cadeiras.
A eleição no principal órgão gestor do Tricolor se tratou de uma mera formalidade, afinal os dez novos vitalícios já tinham sido aprovados na semana passada pelo Conselho Consultivo, órgão de cardeais formado em sua essência por ex-presidentes e nomes de alta influência no Morumbi.
Conforme o AVANTE MEU TRICOLOR revelou, os dez nomes eleitos são todos integrantes de grupos políticos que apoiam e sustentam a gestão do presidente Julio Casares. Após tentar uma manobra que foi barrada pelo mandatário do Conselho, Olten Ayres de Abreu, os seis nomes oposicionistas que seriam indicados para concorrer a uma das cadeiras retiraram suas candidaturas.
Atualmente, dos 260 conselheiros que compõem o órgão, 160 são vitalícios.
Na última reunião do órgão, no final de janeiro, Ayres de Abreu abriu o processo seletivo para preenchimento das dez vagas abertas no momento (os ocupantes anteriores, obviamente, faleceram).
Ocupar um posto de vitalício no São Paulo tem um peso considerável, visto que, entre outras coisas, é o Conselho quem elege o presidente (no Tricolor as eleições são feitas de maneira indireta).
Um bom exemplo de como funciona esse processo é que, dos dez candidatos, cinco tentaram se eleger vitalícios nas três últimas eleições, com um total de cinco votos, todos eles para David José Fuchs em fevereiro de 2021. Os demais não tiveram votos nem de si mesmos: Cleudimar Prado Freire, em 2021, Kenkichi Ricardo Atoji, em 2020 e 2021, Richard da Silva Magalhães, em 2021, e até mesmo o mais votado ontem, José Innocêncio Santos Oliveira, que pulou de zero voto em 2020 para 73 votos em 2025.
Revoltados com o que consideram uma manobra da gestão Casares para escolha dos dez nomes, nomes importantes da política são-paulina, que não são da base de apoio a Casares, como Edson Lapolla e Fernando Casal de Rey (esse ex-presidente do clube nos anos 1990), se recusaram a votar em um dos nomes propostos.
Aliás chama a atenção o grande número de abstenções na votação (confira abaixo).