Dinheiro de intermediação entre Corinthians e VaideBet passou pelo PCC | OneFootball

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·15 May 2025

Dinheiro de intermediação entre Corinthians e VaideBet passou pelo PCC

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O caso VaideBet no Corinthians ganhou mais um capítulo nesta quinta-feira (15). A Polícia Civil de São Paulo emitiu um relatório a partir das quebras de sigilo bancário que mostrou o caminho do dinheiro da intermediação entre Timão e a casa de apostas. Mais de R$ 1 milhão parou nas mãos de uma empresa ligada à facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital).

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O dinheiro está conectado com a  UJ Football. Esta, por sua vez, é uma empresa de agência de gestão de carreiras esportivas que embolsou no total R$ 1.074.150,00. A mesma companhia tem ligação com o PCC através de Antônio Vinícius Lopes Grizbach, empresário assassinado em 11 de novembro, no aeroporto de Guarulhos.


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Grizbach prestou depoimento em 2024, em acordo com o Ministério Público de São Paulo, para delatar crimes da facção e de policiais. Ele também chegou a pedir proteção, após ser jurado de morte. Através destas declarações, a UJ Football começou a estar sendo investigada como um dos elos do PCC no mundo do futebol.

A intermediação tomou diversos caminhos

O dinheiro da intermediação do negócio fez várias pontes até chegar no destinatário correto. No início, Alex Cassundé, sócio da Rede Social Media Design, empresa colocada no contrato com o Corinthians como a responsável pela intermediação, fez um repasse de R$ 580 mil e R$ 462 mil à Neoway Soluções Integradas.

Contudo, meses depois, a Neoway passou a estar sendo considerada uma laranja. Afinal, a empresa estava registrada no nome de uma moradora da periferia de Peruíbe sem qualquer conhecimento da investigação ou do negócio.

Depois, a Neoway transferiu R$ 1 milhão para a Wave Intermediações Tecnológicas, em uma tentativa de limpar o rastro do dinheiro. Esta última empresa, por sua vez, fez três transferências para a UJ Football no valor de R$ 874.150.

Contudo, com mais R$ 200 mil vindo da Victory Intermediação de Negócios, outra empresa que recebeu repasse da Wave, a Polícia chegou à soma de R$ 1 milhão por parte da empresa.

Por fim, o relatório coloca em xeque à continuação de Augusto Melo na presidência do Corinthians. O mandatário, que sempre deu uma versão diferente nos relatórios, jamais tinha mencionado o PCC. No próximo dia 26 de maio, o Conselho Deliberativo do Timão se reunirá para votar na destituição do mandatário.

Confira a nota do Corinthians sobre o caso

Na manhã desta quinta-feira (15), aliás, o Corinthians emitiu uma nota oficial, esclarecendo sua versão sobre o assunto.

“O Sport Club Corinthians Paulista informa que, até o momento, não há qualquer demonstração de autoria relacionada aos fatos mencionados. O presidente do Clube reafirma seu total apoio às investigações em andamento, bem como a todas as iniciativas que visem apurar eventuais envolvimentos do crime organizado no futebol brasileiro.

Corinthians destaca que é vítima das circunstâncias investigadas e reforça que não possui controle sobre o que terceiros fazem com valores recebidos em decorrência de contratos firmados. O Clube cumpre rigorosamente todas as suas obrigações legais e contratuais, prezando pela transparência e integridade em suas operações.

Corinthians reitera seu compromisso com a transparência, a responsabilidade e a justiça no esporte, apoiando todas as medidas necessárias para garantir a lisura das competições e combater práticas ilícitas no futebol.”

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