Operação Pretoriano: Testemunhas revelam imagens e mensagens que comprovam esquema na Assembleia Geral | OneFootball

O julgamento do caso da Operação Pretoriano continua esta terça-feira no Tribunal de São João Novo, no Porto, com novas testemunhas a fornecerem testemunhos sobre a Assembleia Geral do FC Porto, que teve lugar a 13 de novembro de 2023.

Após o testemunho do subintendente da PSP, Dennis da Cruz, que lidera a investigação, foi a vez de outros agentes da polícia partilharem informações sobre o caso. Marcelo Vieira Gomes, um agente da PSP, apresentou factos obtidos através da análise de imagens de videovigilância e da troca de mensagens entre os arguidos.

Imagens e mensagens fortalecem a investigação

Segundo o depoimento do agente, as imagens mostram um grande grupo de pessoas, entre as quais Fernando Madureira, nas proximidades da área de credenciação.

“Ele recebia cartões de certas pessoas, que depois percebemos que eram sócios, e entregava-os a outros indivíduos. Em determinado momento, foi observado a dirigir-se à mesa de credenciação, onde retirou uma caixa e a entregou a Hugo Carneiro, que retirou pulseiras do interior antes de devolver a caixa”, afirmou o agente.

Além das imagens, as mensagens trocadas entre os envolvidos reforçam as suspeitas. As comunicações analisadas indicam um plano que visava assegurar que apenas indivíduos de confiança estivessem presentes na Assembleia Geral, facilitando a aprovação dos estatutos.

“As mensagens datam de 12 de novembro e não deixam margem para dúvidas sobre a entrega de cartões de sócio e as agressões. Fernando Madureira e Sandra Madureira coordenaram a entrada de pessoas, assegurando que estivessem todos juntos na reunião”, acrescentou.

Outro pormenor abordado no julgamento envolve Fernando Saul, uma das pessoas mencionadas no processo. De acordo com os investigadores, algumas chamadas realizadas via WhatsApp no dia da Assembleia não constam no seu telemóvel, embora estejam registadas no de Fernando Madureira, levantando a suspeita de que possam ter sido eliminadas.

“Trocaram mensagens uma vez. Notámos que existem algumas falhas no telemóvel de Fernando Saul. Por exemplo, uma chamada no dia da Assembleia via WhatsApp que aparece no telemóvel de Fernando Madureira e não no de Fernando Saul, pode ter sido apagada. No sistema, as chamadas aparecem”, acrescentou.