Análise: Sem centroavante, Abel testa nova formação no Palmeiras | OneFootball

O Palmeiras finalmente estreou de fato em 2025. Sem rodízio de elenco, Abel Ferreira escalou o que tem de melhor na vitória por 4 a 1 sobre o Guarani, neste domingo (2), em Campinas. A novidade, no entanto, ficou pela escalação sem um centroavante de origem. Teste que, ao menos neste momento, funcionou e foi a principal arma da goleada.

Mauricio e Raphael Veiga atuaram centralizados, alternando entre quem era o camisa 9 e quem o camisa 10, com Estêvão na direita e Facundo Torres na esquerda. Como resultado, Veiga deixou o gramado com três assistências – e um gol anulado – Estêvão com dois gols e Mauricio com outra bola na rede.

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De cara o que mais chamou atenção foi o posicionamento especialmente de Maurício, quem mais pisou na área dentre o quarteto. O meia foi testado como atacante e apareceu bem como falso 9 em alguns momentos. Além do gol ainda antes dos 15 minutos de partida, o camisa 18 participou do gol anulado de Raphael Veiga ao brigar pela bola na pequena área.

As primeiras impressões neste novo esquema foram positivas, de uma escalação ofensiva, com pressão alta e posse de bola, mesmo sem um camisa 9 de ofício. Na marcação, duas linhas de quatro com justamente os dois meias como os últimos dois jogadores mais ao ataque, ou seja, no primeiro combate ao defensor.

Responsabilidade para Facundo e Estêvão, que tiveram que recompor mais sem bola, como meias abertos na segunda linha de quatro – não por acaso, Facundo terminou o jogo com dois desarmes. Sem bola, no entanto, campo livre para a velocidade dos ponteiros, que fizeram bom jogo, especialmente Estêvão, com dois gols, sete finalizações e cinco tentativas de dribles.

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No entanto, a solução passa longe de ser definitiva. Abel já pediu publicamente pela chegada de um reforço como camisa 9 – em mais de quatro anos de clube, foi a primeira vez em que a equipe joga sem um atacante por dentro. Segundo o técnico, em entrevista coletiva após a vitória em Campinas, a formação adotada é uma forma de “arranjar recursos” em meio à escassez.

– Se eu treinasse uma seleção, ia escolher quem eu queria. Como sou treinador do Palmeiras, a minha função é arranjar recurso com o que temos, mas isso não significa que, internamente, não andamos atentos ao mercado. Sabemos onde estamos, para onde queremos ir, e, desde que cheguei, nossas equipes sempre foram competitivas – disse.

A vitória em do Palmeiras fez a equipe chegar aos 11 pontos, na vice-liderança do Grupo D – atrás do São Bernardo, com 15. Na próxima quinta-feira (6), o time entra em campo contra o Corinthians, às 20h (de Brasília), no Allianz Parque, pela sétima rodada do Campeonato Paulista.

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