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·20 maggio 2025

Justiça condena torcedor do Flamengo por morte de palmeirense

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A Justiça de São Paulo condenou, na tarde desta terça-feira (20), Jonathan Messias Santos da Silva, de 35 anos, a 14 anos de prisão em regime fechado pela morte da torcedora Palmeirense Gabriela Anelli, durante uma confusão entre torcedores de Palmeiras e Flamengo, em 2023. Pelo menos quatro dos sete jurados votaram a favor da condenação. A decisão cabe recurso.

De acordo com a perícia e as investigações do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), Gabriella Anelli, torcedora do Palmeiras, foi atingida no pescoço por estilhaços da garrafa atirada por Jonathan Messias. A vítima foi para o Hospital Santa Casa, no Centro de São Paulo, mas sofreu duas paradas cardíacas e morreu em 10 de julho, dois dias depois do jogo.


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O crime ao qual responde é homicídio doloso (quando se assume o risco de matar), na modalidade de dolo eventual por motivo fútil.

Na acusação, o Ministério Público alegou não haver dúvidas sobre a autoria. Além do reconhecimento facial, o MP usou drone, scanner e até a mesma placa de metal que separava as torcidas no dia que revisitou a cena do crime. Aliás, a pena poderia chegar aos 30 anos, segundo prevê a lei brasileira. No entanto, juíza Isadora Botti Beraldo Moro reduziu, porque o homem é réu primário, tem bons antecedentes e reconheceu o crime.

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Posição da defesa

Durante o julgamento, Jonathan Messias chorou em alguns momentos, admitiu que arremessou uma garrafa que se espatifou no portão. No entanto, ele disse não saber se foi dessa garrafa que partiram os estilhaços que mataram Gabriella Anelli.

“Não saí de casa para matar ninguém”, disse Jonathan.

Ele afirmou que, por ser diretor adjunto de escola, a rotina dele é apaziguar conflitos. Diante disso, ele tentou acalmar alguns flamenguistas que discutiam com palmeirenses. Em seguida, Jonathan reconheceu que perdeu a razão quando também recebeu uma garrafa no peito. Foi neste momento que atirou a garrafa.

Família de Gabriela Anelli

Os pais de Gabriela Anelli passaram a morar em Curitiba no fim do ano passado, com o filho, a nora e os dois netos. Eles viajaram a São Paulo para acompanhar o julgamento e contam que pela primeira vez os três estavam indo ao estádio juntos.

“Ela foi antes com o namorado, que era da TUP. Ela não era de nenhuma torcida organizada, mas conhecia quase todo mundo, se dava bem com todos”, disse a mãe Dilcilene Prado Anelli.

A avó Joana Anelli dos Santos, com lágrimas nos olhos, disse que sofre de saudades da sua neta mais velha.

“Todo dia ela me ligava, me mandava áudio pedindo um bolinho de chuva, se tinha almocinho pra ela (…) Uma menina cheia de vida, tinha resolvido voltar a estudar, fez a matrícula e era apaixonada pelo Palmeiras. Eu acho que isso não é defeito. É só saudade. Nós estamos aqui porque queremos justiça”, relatou a avó.

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