A sorte ajudou, Grêmio comemorou, mas não pode deixar passar o que aconteceu! | OneFootball
JB Filho Repórter
·27 de junho de 2024
A sorte ajudou, Grêmio comemorou, mas não pode deixar passar o que aconteceu!
Este navegador não é compatível. Use um navegador diferente ou instale o aplicativo
Eu me nego a comemorar um empate, jogando levando sufoco no primeiro tempo, contra o Atlético-GO. Porém, essa foi a realidade gremista nessa noite. Quem só perdia, pelo menos empatou. Avançou uma casinha.
Renato seguiu fazendo as mesmas estratégias e, claro, teve os mesmos resultados. João Pedro Galvão foi o centroavante titular de novo. É claro que tudo seguiu como estava.
Quer dizer, consegue ser ainda pior, né? O Atlético-GO jogou o primeiro tempo inteiro no campo gremista. Meteram pressão mesmo. O centroavante deles, fez assistência de peito, girou bonito na entrada da área e foi muito mais acionado que qualquer atacante gremista.
Luiz Fernando (aquele que passou aqui na Série B) também teve sua chance, assim como Shailon, bom camisa 10 dos caras. Foram várias as chances deles.
O Grêmio teve uma boa com o Pavón, recebeu do Galdino, avançou e bateu por cima. Foi o melhor escape do primeiro tempo. E, sim, ninguém tá analisando errado, não. O Grêmio dava seus escapes contra o Atlético. Essa foi a tônica do primeiro tempo.
Renato viu isso. Com 30 minutos, colocou Nathan e Gustavinho. Meteu dois atacantes de velocidade pra tentar algo diferente.
Pois é, o JP Galvão seguiu no comando do ataque, mesmo que nada esteja acontecendo com ele.
Mas a melhora de desempenho só acontece no segundo tempo. O primeiro foi todo deles. E foi até injusto não terem marcado. No intervalo, as peças se ajustaram e Renato conseguiu melhorar (um pouquinho) as coisas. Ao menos estava indo mais para o ataque e não apenas só sendo atacado.
Foi no segundo tempo que o gol deles acontece. Kannemann falha ao tentar rebater uma bola de escanteio e acaba espirrando uma bola pro zagueiro deles fazer um gol sem querer.
Quase que em um ato desesperado, Renato tira Gustavo Martins, recua Dodi pra zagueiro e coloca Du Queiroz e Edenilson no meio. Melhora? Até melhora. Na base do jogar de qualquer jeito. Na real, de pelo menos tentar jogar. Porque nem isso tinha.
Só que agora vem aquela grande mudança que o Renato pedia que tinha que acontecer: a sorte. Sim, sorte. Ele disse após o Gre-Nal que um dos problemas era falta de sorte. Não foi mais. Reinaldo domina mal uma bola, adianta ela demais e só resta pra ele finalizar. Por sorte, o zagueiro tenta tirar e acaba matando o bom goleiro Ronaldo. Gol do Grêmio. Gol de sorte. Sorte da bola não ser tão bem dominada e só restar uma alternativa, sorte de bater no zagueiro e matar o goleiro. Sorte do Grêmio.
Imediatamente após o gol, Renato tira JP Galvão e coloca Rodrigo Ely. Na hora, todo mundo achou que aconteceria o mesmo que aconteceu no Gre-Nal. Ely no ataque. Não. Nada disso. Ely foi pra zaga e Dodi adiantado novamente. Ficaram sem centroavante.
Essa troca indicou que Renato estava satisfeito com o empate. Ele recompôs o time e não quis seguir correndo maiores riscos. Também por isso, o Grêmio não venceu. O empate claramente foi bom, diante as atitudes.
Agora, eu me nego a achar uma maravilha empatar desse jeito. Me nego. Não consigo.
Uma pena as atuações como a do Nathan Fernandes, por exemplo. O potencial dele é gigantesco, mas não pode cair na bobagem de tentar cavar pênalti, como fez.
Gustavinho também esteve apagado.
JP Galvão, pra variar, não conseguiu fazer gol e nem ter jogadas de ataque que o credenciasse. Pelo contrário, teve umas duas que ele afastou quase que como um zagueiro. Beira o inacreditável, mas foi isso que aconteceu.
Entre os que tentaram, Cristaldo fica entre eles. Teve uma finalização no cantinho que foi uma pena não ter sido gol. O Ronaldo pegou na pontinha dos dedos.
Marquesín foi o melhor gremista em campo. Não foi nem uma e nem duas às vezes que alguém do Atlético-GO chegou na cara dele. Em todas, fechou muitíssimo bem o ângulo.
Conseguiram um ponto (um ponto), mas não dá pra esquecer o que aconteceu.