Zerozero
·12 de abril de 2025
A tranquilidade de uns, o desespero de outros

Zerozero
·12 de abril de 2025
Tarde feliz para o Nacional. Tarde complicada para o Boavista. Os insulares viajaram até ao Estádio do Bessa para arrecadar um triunfo importante rumo à manutenção, sendo que o golo de Joel Tagueu, ainda no primeiro tempo, fez toda a diferença para alcançar os 32 pontos (0-1).
Relativamente ao último encontro, Jorge Couto mudou uma peça, uma vez que Filipe Ferreira entrou para o lugar que pertenceu a Lavyin Kurzawa. Do outro lado, Tiago Margarido apostou em Zé Vítor, José Gomes, Djibril Soumaré e Fuki em detrimento de Léo Santos, Arvin Appiah, Matheus Dias e Dudu.
Bom tempo, algum público nas bancadas e atletas com qualidade dos dois lados: estava tudo reunido para um belo espetáculo nesta tarde de sábado. Ora, os dois primeiros candidatos a protagonistas foram Róbert Bozenik e Sebastián Pérez. Numa primeira instância, o avançado rematou rasteiro (podia ter feito melhor) para uma boa defesa de Lucas França. Segundos depois, o colombiano aproveitou uma bola à entrada da área para criar perigo.
Apesar da boa entrada por parte da turma da casa, foi mesmo o Nacional a inaugurar o marcador, aos 16 minutos. Fuki Yamada bateu um pontapé de canto ao primeiro poste e Joel Tagueu - pressionado - conseguiu rubricar um desvio certeiro para deixar a sua equipa mais confortável, algo que se refletiu nos minutos seguintes.
Os insulares subiram de rendimento, pese embora alguns erros (inexplicáveis) na primeira fase de construção, aspetos que os axadrezados tentaram aproveitar com Bozenik e Diaby no centro das atenções. Os dois jogadores criaram a maior parte das oportunidades de perigo, ainda que sem o destinatário pretendido junto da baliza de Lucas França.
45 minutos com alguns momentos de bom futebol, muita emoção (nervos à flor da pele) e chances por parte das duas turmas. O Nacional partiu para os balneários por cima, após um remate falhado de Fuki Yamada ao segundo poste, nos instantes finais. Um resultado que agradava aos forasteiros, mas que não ia ao encontro das pretensões boavisteiras.
Para tentar inverter esta tendência, Jorge Couto utilizou o intervalo para repensar as ideias e colocar Moussa Koné no lugar que pertenceu a Filipe Ferreira. Ainda assim, foi Sidoine Fogning que passou para o lado esquerdo da defesa, apesar de ter começado a partida no eixo central. Uma mudança para 4-4-2 para alcançar, pelo menos, o empate.
Aos poucos, o Boavista cresceu. Cruzamentos com conta, peso e medida. Boas jogadas coletivas e inspiração individual. A melhor oportunidade surgiu aos 67 minutos, numa altura em que Lucas França levou a melhor com a melhor defesa da tarde, após um cabeceamento de Diaby. Os adeptos da turma da casa desesperavam por algo mais...
Remates, remates e mais remates. Os axadrezados tentaram de tudo. Jorge Couto mexeu com as peças que tinha no banco de suplentes, viu os seus jogadores estarem PERTÍSSIMO do golo do empate. De nada serviu. O Nacional parte para a Ilha da Madeira com três pontos importantes na sua caminhada rumo à tranquilidade. O Boavista espera por um autêntico milagre.